Entre o mar e o rochedo: uma análise antropológica sobre as noções de natureza em Os trabalhadores do Mar de Victor Hugo

Autores

  • Marta Cioccari Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v18i18p29-46

Palavras-chave:

Antropologia, Literatura, Victor Hugo, Trabalhadores do Mar, Natureza

Resumo

A partir da noção de natureza, analiso
neste artigo o universo do escritor francês Victor
Hugo, examinando como suas concepções – mar-
cadas pelos valores românticos do século XIX – ga-
nham corpo e densidade na obra Os trabalhadores
do mar. Nesta obra, acerca da epopeia do homem
contra a Natureza, seguimos a trajetória de Gilliatt:
um pescador que não apenas encarna os valores de
seu criador como simboliza a saga dos indivíduos
das classes populares, vistos como dignos apenas
pela via do sacrifício e do heroísmo. Adotado como
metáfora em sua trama narrativa, o traspassamento
de diferentes elementos, humanos e não humanos,
no fluxo de imagens tecidas por Hugo sinaliza, a
meu ver, uma espécie de devir, no qual as intensida-
des presentes no imaginário do autor geram surpre-
endentes multiplicidades.

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Biografia do Autor

  • Marta Cioccari, Universidade Federal do Rio de Janeiro
    Doutoranda em Antropologia Social/MN-UFRJ

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Publicado

2009-03-30

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

Entre o mar e o rochedo: uma análise antropológica sobre as noções de natureza em Os trabalhadores do Mar de Victor Hugo. (2009). Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 18(18), 29-46. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v18i18p29-46