"Porque desde aquella primavera, nunca más estuvimos solos": modos de cooperação cartonera como política da escrita

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-9651.i27p345-374

Palavras-chave:

Cartonera, Políticas da Escrita, Cooperativismo, Textualidades

Resumo

Este artigo propõe uma análise do aparecimento de Eloísa Cartonera para compreender como experiências cartoneras atuam por uma reconfiguração do sensível (Rancière, 2017) ao inscreverem-se em uma disputa material e simbólica, utilizando-se da escrita como política de vida (Anzaldúa, 2000). O corpus em questão é formado por discursos autorreferentes e entrevistas coletadas que tratam de diversas experiências cartoneras — propostas editoriais alternativas que confeccionam livros em capas de papelão. Para nosso trabalho, recuperamos uma dimensão historicizante dessas práticas para contextualizar suas formas de questionamento e atuação. Empreendemos nossa pesquisa no sentido de entender como as cartoneras parceiras fazem, a partir de suas publicações, gestos políticos para poder dizer, ser e se fazer ver.

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Biografia do Autor

  • Frederico Ranck Lisboa, Universidade Federal de Minas Gerais

    Frederico Ranck Lisboa é mestre e doutorando em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Jornalista formado na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Vencedor do Prêmio José Marques de Melo (2021), da Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia.

  • Phellipy Jácome, Universidade Federal de Minas Gerais

    Phellipy Jácome é professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais e Pesquisador Permanente do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCOM/UFMG) .É coordenador do Temporona: Coletivo de Ações em Temporalidades e Narrativas e co-coordenador do Laboratório de Experimentações Sonoras (LES-Fafich-UFMG) e da Rádio Terceiro Andar.

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Publicado

2024-05-24

Como Citar

LISBOA, Frederico Ranck; JÁCOME, Phellipy. "Porque desde aquella primavera, nunca más estuvimos solos": modos de cooperação cartonera como política da escrita. Caracol, São Paulo, Brasil, n. 27, p. 345–374, 2024. DOI: 10.11606/issn.2317-9651.i27p345-374. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/caracol/article/view/206916.. Acesso em: 13 dez. 2024.