Variações estéticas e políticas sobre um pensamento não-representativo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i35p22-32Palavras-chave:
Acontecimento, Rostidade, Modernidade estética, SubjetividadeResumo
As representações conformam-nos a certos modos de ver, de sentir e de enunciar que são perspectivas fechadas de nossas experiências estéticas e políticas. Sendo assim, se elas tornam restritas as nossas maneiras de se relacionar com os acontecimentos, é possível pensar para além das representações? Colocamos tal questão no horizonte da leitura de pensadores como Friedrich Nietzsche, Gilles Deleuze, Michel Foucault e Jacques Rancière. Porém, nosso foco incide sobre a crítica ao paradigma representativo, apresentada em alguns momentos distintos da obra de Deleuze, inclusive daquela que escreve junto com Félix Guattari, quando trata da questão da rostidade. Pretendemos, primeiramente, abordar aquele que para Nietzsche não é senão o maior de todos os acontecimentos a se dar na existência humana: a morte de Deus. Acontecimento que implica uma cisão nos modos tradicionais de pensar, subsumidos a representações morais e metafísicas da existência. De que maneira a morte de Deus será o horizonte de sentido para um modo de pensar, tanto em Deleuze, quanto em Foucault, que considera as coisas e as representações que fazemos delas, como interpretações de um certo jogo de forças e de subjetivação? Por último, poderemos avaliar a partir do conceito rancièriano de partilha do sensível, como encontramos em Deleuze uma prática do pensamento que busca escapar de uma distribuição sedentária do sensível e do político quando este se restringe ao paradigma das representações.
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Referências
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