Ciência para os 99%

Autores

  • Anastasia Guidi Itokazu Universidade Federal do ABC

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v39i2p144-160

Palavras-chave:

Epistemologia feminista, Ciência sucessora, Pluralismo metodológico, Pós-verdade, Fake news

Resumo

Neste artigo, proponho que a crise política que vivenciamos em todo o mundo está relacionada a uma crise epistêmica, e que uma revolução científica se impõe diante de nós: somente uma ciência feita pelos 99% e para os 99% pode fazer frente à onda de obscurantismo que ameaça as bases cognitivas da própria democracia. Na parte final do artigo, descrevo de maneira bastante geral algumas características que devem ser satisfeitas por essa ciência sucessora.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Anastasia Guidi Itokazu, Universidade Federal do ABC

    Universidade Federal do ABC. Grupo Nexos: Teoria Crítica e Pesquisa Interdisciplinar.

Referências

ARRUZZA, C., BHATTACHARYA, T. e FRASER, N. Feminismo para os 99%: um manifesto, São Paulo: Boitempo Editorial, 2019.

BEAUVOIR, S. O segundo sexo, 2 Vols., São Paulo: Nova Fronteira, 2016.

CARA, D. “Contra a barbárie, o direito à educação”, In: CÁSSIO, F. (Org.) Educação contra a barbárie, São Paulo: Boitempo, p. 25-31, 2019.

FEDERICI, S. Calibã e a bruxa, São Paulo: Editora Elefante, 2017.

FEYERABEND, P. Contra o método, São Paulo: Editora da Unesp, 2011.

HARAWAY, D. “Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial”, Campinas, Cadernos Pagu, (5), p. 7-41, 2009.

HARDING, S. The science question in feminism. Ithaca: Cornell University Press, 1986.

hooks, b. “Educação democrática” In: CÁSSIO, F. (Org.) Educação contra a barbárie, São Paulo: Boitempo, 2019, p. 199-207.

KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo, São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2017.

KUHN, T. O caminho desde a estrutura. São Paulo: Editora da Unesp, 2003.

LACEY, H. “Ciência, respeito à natureza e bem estar humano”. Scientiae Studia, vol. 6, n. 3, p. 297-327, São Paulo: 2008.

LEHER, R. Autoritarismo contra a universidade. São Paulo: Expressão Popular, 2019.

LUGONES, M. “Rumo a um feminismo decolonial”. In: BUARQUE de HOLANDA (Org.), Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019, p. 357-377.

MIGUEL, L. F. O colapso da democracia no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2019.

POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 2013.

PTOLOMEU, Almagest. trad. TOOMER, G. J., Nova Jersey: Princeton University Press, 1998.

RIBEIRO, M. M. “Antipetismo e conservadorismo no facebook”, In: SOLANO, E. (Org.),O ódio como política. São Paulo: Boitempo, 2018.

SATTLER, J. “Um projeto ecofeminista para a complexidade da vida”, In: ROSENDO et al. (Orgs.), Ecofeminismos. Rio de Janeiro: Apeku, 2019.

SHIVA, V. Monoculturas da mente. Rio de Janeiro: Gaia, 2002.

SAUVAGEAU, F. et al. Les fausses nouvelles: nouveaux visages, nouveaux défis. Québec: Presses de l’Université Laval, 2018.

STENGERS, I. Another science is possible: a manifesto for slow science. Cambridge: Polity Press, 2018.

STENGERS, I. “Reativar o animismo”. Chão de feira. (62), p. 1-15, São Paulo: 2017.

VASCONCELLOS-SILVA, P. e CASTIEL, L. “COVID-19, as fake news e o sono da razão comunicativa gerando monstros: a narrativa dos riscos e os riscos das narrativas”.Cadernos de saúde pública. Vol. 36, No. 7, Rio de Janeiro: 2020.

VILA DE PRADO, R. “La posverdad y la espiral del silencio”. Revista Aportes. No. 24, La Paz, 2018.

WIGHT, C. “Post-truth, postmodernism and alternative facts”. New perspectives. Vol 26, No. 3, p. 17-29, Praga: 2020.

Downloads

Publicado

2021-12-21

Como Citar

Ciência para os 99%. (2021). Cadernos De Ética E Filosofia Política, 39(2), 144-160. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v39i2p144-160