A arqueologia e a política do antihumanismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i35p200-215

Palavras-chave:

Foucault, Arqueologia, Prática, Representação, Humanismo

Resumo

Trata-se de interpretar a arqueologia como uma prática ao analisá-la como um método que pretende não apenas circunscrever os campos discursivos que tornam possíveis os saberes de cada tempo, mas também definir aquilo que se localiza na fronteira do que é pensável em cada um desses campos. Ao descrever os limites do pensável, torna-se tarefa do arqueólogo também tornar possível o impensável por meio da experiência da diferença. Pretendemos, assim, identificar esse movimento do pensamento foucaultiano, que certa tradição acadêmica identifica como “ anti-humanista ”, ao descrevermos o círculo antropológico que caracteriza a episteme moderna em As palavras e as coisas, a consequente crítica de Foucault a esse problema e sua posterior solução em textos que iniciam seu percurso genealógico.

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Biografia do Autor

  • Lara Pimentel Figueira Anastacio, Universidade de São Paulo
    Formada em Direito pela FGV-SP. Atualmente realizo mestrado sobre o pensamento de Michel Foucault no Departamento de Filosofia da USP, sob orientação do prof. Pedro Paulo Pimenta.

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Publicado

2019-12-30

Edição

Seção

Foucault, Políticas da arqueologia – 50 anos de A arqueologia do Saber (1969)

Como Citar

A arqueologia e a política do antihumanismo. (2019). Cadernos De Ética E Filosofia Política, 2(35), 200-215. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i35p200-215