Pedagogia da escravidão: memórias extraídas de um processo judicial
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1413-45192006000100007Palavras-chave:
Socialização, Desigualdades, DomesticidadeResumo
O ensaio focaliza as circunstâncias vividas por uma escrava acusada de homicídio. Da acusação decorreu um processo crime que durou quatro anos durante os quais ficou presa, embora não houvesse provas concretas de sua participação no fato. A hipótese central da pesquisa gira em torno das redes de interdependência social construtoras de subjetividades subalternizadas, uma espécie de pedagogia da escravidão que engendrava domesticidade. Além da enorme desigualdade econômica entre escravos e senhores, brancos e negros, as diferenças étnicas eram ressaltadas como estratégia de classificação entre os próprios escravos. A longa distância que existe entre o presente e aquele passado não apagou completamente as marcas escravistas em nossa sociedade. Naquele contexto, Ambrozina foi o elo mais fraco de todos, pois além de ser negra e escrava, era menina.Downloads
Os dados de download ainda não estão disponíveis.
Downloads
Publicado
2006-01-01
Edição
Seção
Dossiê Amazônia
Como Citar
Capelo, M. R. C. (2006). Pedagogia da escravidão: memórias extraídas de um processo judicial. Cadernos CERU, 17, 69-91. https://doi.org/10.1590/S1413-45192006000100007