Uma descrição fenomenológica da casa-afetiva no domínio da memória
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v32i1p185-195Palavras-chave:
Casa-afetiva, Fenomenologia, Psicologia social, Arte da memória, Tempo autobiográficoResumo
Apresentamos um ensaio fenomenológico da casa-afetiva procurando descrevê-la no âmbito das vivências autobiográficas que conferem formas elevadas de compreensão da vida no domínio poético da imagem, da lembrança e da linguagem. Buscamos representar uma corrente da fenomenologia cuja convergência reflete uma hermenêutica em que as regiões de pertencimento e enraizamento participam de certa ontologia fundamental da temporalidade da existência humana. Parece-nos uma matéria ao alcance de uma psicologia social que busca no exame da microhistória a estrutura poética da memória que desvela o sentimento de um habitar. Vamos em busca desse tempo autobiográfico originário do Ser no qual encontramos nossas relações de pertencimento.
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