Comida de refugiado como recurso identitário e de identificação
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v32i2p116-134Palavras-chave:
Refugiados, Comida, Diferenças culturais, Identidade e IdentificaçãoResumo
Neste artigo objetiva-se promover uma discussão teórica sobre refúgio, identidade, fronteiras étnicas, comida migratória e refletir acerca da culinária do Oriente Médio como forma de identificação e de construção/manutenção de identidades de refugiados na capital paulista. Também, iniciar discussões sobre os efeitos das diferenças culturais e as estratégias de resistência e de tradução cultural. Leva-se em conta que a cozinha e suas práticas são repletas de representações e significados e que a cultura alimentar é um marcador étnico. Os refugiados são marcados por identidades móveis, hibridismos culturais e sentimentos de pertencimento ao lugar de origem. Esse fluxo de refugiados provenientes da Síria, a partir de 2013, com a instalação de restaurantes e de venda de comida delivery, sem dúvida, estimula a ampliação dos ares multiculturais da cidade de São Paulo que é marcada por um “cosmopolitismo diaspórico”.
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