Uma descrição fenomenológica da casa-afetiva no domínio da memória

Autores

  • Luciano Fiscina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v32i1p185-195

Palavras-chave:

Casa-afetiva, Fenomenologia, Psicologia social, Arte da memória, Tempo autobiográfico

Resumo

Apresentamos um ensaio fenomenológico da casa-afetiva procurando descrevê-la no âmbito das vivências autobiográficas que conferem formas elevadas de compreensão da vida no domínio poético da imagem, da lembrança e da linguagem. Buscamos representar uma corrente da fenomenologia cuja convergência reflete uma hermenêutica em que as regiões de pertencimento e enraizamento participam de certa ontologia fundamental da temporalidade da existência humana. Parece-nos uma matéria ao alcance de uma psicologia social que busca no exame da microhistória a estrutura poética da memória que desvela o sentimento de um habitar. Vamos em busca desse tempo autobiográfico originário do Ser no qual encontramos nossas relações de pertencimento.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Luciano Fiscina

    Psicólogo graduado pela Universidade Mackenzie, com mestrado em História da Ciência pela PUC-SP e doutorado em Psicologia Social pelo IP-USP, em ambos os casos com bolsas da CAPES. Tem realizado pesquisas na interface entre Epistemologia e História da Psicologia. Atualmente faz estudos sobre a Fenomenologia em diálogo com a hermenêutica-existencial, literatura, Psicologia Social e Psicologia da Arte na compreensão e descrição das abordagens estéticas da percepção e da memória.

Referências

BACHELARD, Gaston. O direito de sonhar. São Paulo: Bertrand Brasil, 1994.

BACHELARD, Gaston. A poética do Espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

BENJAMIN, Walter. Rua de mão única. São Paulo: Brasiliense, 1987.

BERGSON, Henri. Memória e Vida. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

BOSI, Ecléa. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê, 2003. DILTHEY, Wilhelm. “Draft Critique of Historical Reason”. The formation of the historical world in the human sciences. Chicago: University of Chicago Press, 1978.

DUFRENNE, Mikel. Phénoménologie de l'expérience esthétique. Paris: Presses Universitaires de France, 1967.

HEIDEGGER, Martin. “A origem da obra de arte”. In: Caminhos de Floresta. Tradução Irene Borges Duartee Filipa Pedroso. Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1998.

HARTOG, François. “Régimes d ́historicité: Présentisme et expériences du temps”. Référence électronique. Paris, Editions du Seuil, 2003. Disponível em: https://journals.openedition.org/osp/752

HUTTON, Patrick.“The art of memory: from rhetoric to psychoanalysis”. In: Journal of History of ideas, Inc., 1987. Disponível em: http://marcuse.faculty.history.ucsb.edu/classes/201/articles/87HuttonArtMemoryReconceivedJnlHistIdeas.pdf

JAMES, William. Principles of psychology. Chicago: Encyclopedia Britannica, 1952.

MCGUIRE, J. E. “Newton on Place, Time and God: An Unpublished Source”. The British Journal for the History of Science, XI (38): 114-129, 1978.

PROUST, Marcel.“Tempo Recuperado”. Vol. 7. In: A busca do tempo perdido. Trad. Fernando Py. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 2016.

RICOUER, Paul. (2003). “Memória, História, Esquecimento”, 2003. Disponível em: https://www.uc.pt/fluc/uidief/textos_ricoeur/memoria_historia. Acesso em: 23 abr. 2021.

SILVA, Franklin Leopoldo e. “Bergson e Jankélévitch”. Estudos Avançados 10 (28): 333-345, 1996.

YATES, Frances. The Art of Memory. Vintage Digital, 2011.

Downloads

Publicado

2021-08-07

Como Citar

Uma descrição fenomenológica da casa-afetiva no domínio da memória. (2021). Cadernos CERU, 32(1), 185-195. https://doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v32i1p185-195