O Cinema Estrutural e a Ruptura com o Cinema Institucional

Autores

  • Frederico Franco Rimoli Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2675-7265.v1i2p120-143

Palavras-chave:

Cinema estrutural, Cinema experimental, Representação, Ilusionismo

Resumo

O presente trabalho busca, através de uma reflexão empírica, compreender como o cinema estrutural – vertente experimental da sétima arte – desenvolve um caráter anticapitalista a partir de suas peculiaridades estéticas. Para dar início a esse estudo, apresenta-se uma exposição teórica de como se comporta o cinema institucional, que não representa apenas o cinema clássico, mas toda a gama de produções cinematográficas com perfil narrativo. Em seguida, é necessário compreender a gênese do pensamento artístico que questiona o institucional: a teoria das vanguardas, inspirada por movimentos artísticos como futurismo, dadaísmo e expressionismo. Por fim, é apresentado o cinema estrutural a partir de suas manifestações teóricas e práticas, criando um breve entendimento da maneira como o estruturalismo cria sua crítica. As questões referentes são expostas com o objetivo principal de apresentar como um ramo cinematográfico não-narrativo pode configurar um ato de resistência por meio de suas características formais. 

Referências

A CHINESA. Direção Jean-Luc Godard. Intérprete: Anne Wiazemsky, Jean-Pierre Léaud, Juliet Berto, Michel Semeniako, Lex de Brujin, Omar Diop, Blandine Jeanson, Francis Jeanson et al. Roteiro: Jean-Luc Godard. [S. 1]: Anouchka Films, Les Productions de la Guéville, Athos Films, Parc Films, 1967. (99 min), son., color., 35 mm. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uz0Y6jNaCp0. Acesso em: 4 jan. 2021.

ALBERA, François. Modernidade e Vanguarda no Cinema. Rio de Janeiro: Beco do Azougue Editorial Ltda, 2012.

ANDREW, J. Dudley. As principais teorias do cinema. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

AUMONT, Jacques. A Imagem. Campinas: Papirus, 2012.

BAUDRY, Jean-Louis. Cinema: efeitos ideológicos produzidos pelo aparelho de base. In: XAVIER, Ismail (org.). A experiência do cinema: antologia. Rio de Janeiro: Edições Graal: Embrafilme, 1983.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre: L&PM, 2017.

BURCH, Noel. Film’s institutional mode of representation and the Soviet response. October, Berkeley, p. 77-96, 1977.

BURCH, Noel. A práxis do cinema. São Paulo: Perspectiva, 1992.

BÜRGER, Peter. Teoria da Vanguarda. Lisboa: Vega LTDA, 1993.

COSTA, Flávia Cesarino. Primeiro Cinema. In: MASCARELLO, Fernando (org.). História do Cinema Mundial. Campinas: Papirus, 2006.

CUBITT, Sean. The Cinema Effect. Cambridge: MIT Press, 2004.

DAVID, Jacques-Louis. 1793. A morte de Marat. Óleo sobre tela, 165 x 128 cm.

DAVINCI, Leonardo. 1503. La Gioconda. Óleo sobre tela, 77 x 53 cm.

DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. E-Books Brasil, 2003. E-book.

DUARTE, Theo Costa. O cinema de vanguarda em diálogo com as artes visuais: contrastes e paralelos em experiências brasileiras e norte-americanas (1967-1971). 2017. Tese (Doutorado em Meios e Processos Audiovisuais) – Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2017.

DUCHAMP, Marcel. L.H.O.O.Q. 1919. Lápis sobre tela, 61,5 x 49,5 cm.

GIDAL, Peter. Theory and Definition of Structuralist/Materialist Film. In:______. Structural film anthology. Londres: British Film Institute, 1978.

GIDAL, Peter. Materialist film. Londres: Routledge, 1990.

GINZBURG, Carol. Medo, reverência e terror: quatro ensaios de iconografia política. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

KONDER, Leandro. O que é dialética. São Paulo: Brasiliense, 2008.

LEGRICE, Malcolm. Abstract film and beyond. In: GIDAL, Peter. Structural film anthology. Londres: British Film Institute, 1978.

MARX, Karl. Grundrisse. São Paulo: Boitempo, 2011.

MEKAS, Jonas. Interview with Peter Kubelka. In: SITNEY, P. Adams (org.). Film Culture Reader. Nova Iorque: Praeger, 1970.

NOSTALGIA. Direção: Hollis Frampton. EUA: 1971. P&B.

PICASSO, Pablo. Guernica. 1937. Óleo sobre tela, 349 x 776 cm.

SASSE, Jochen Schulte. Theory of Modernism versus Theory of the Avant-Garde. In: BÜRGER, Peter. Theory of the Avant-Garde. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1984.

SERENE VELOCITY. Direção de Ernie Gehr. EUA: 1970. Color.

SITNEY, P. Adams. Visionary Film: The American Avant-Garde (1943-2000). Nova Iorque: Oxford University Press, 2002.

SITNEY, P. Adams. O cinema estrutural. In: MOURÃO, Patrícia; DUARTE, Theo. Cinema Estrutural. Rio de Janeiro: Caixa Econômica Federal, 2015.

THE FLICKER. Direção de Tony Conrad. EUA: 1965. P&B. (30 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rVxNGUTsdJY. Acesso em: 6 jan. 2021.

UM HOMEM COM UMA C MERA. Direção de Dziga Vertov. URSS: 1929. P&B. (68 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cGYZ5847FiI. Acesso em: 4 jan. 2021.

WAVELENGTH. Direção de Michael Snow. EUA: 1967. Color. (43 min).

Downloads

Publicado

2021-09-02

Edição

Seção

Artigos e resenhas - Tema Livre