Folkers, bardos e barbados: memória, utopia e política no medievalismo brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v25i2p58-69

Palavras-chave:

Memória, Medievalismo, Utopia, Política, Juventude

Resumo

Este artigo é parte de uma ampla pesquisa sobre o medievalismo brasileiro praticado por grupos jovens que se reúnem presencialmente para combates, piqueniques, festas e feiras, cuja inspiração é o período medieval. O objetivo deste trabalho é demonstrar como a memória produzida nestes grupos revela dimensões utópicas e políticas geradas das urgências do tempo presente. A metodologia se vale de pesquisa etnográfica (flânerie), por meio de pesquisa de campo em eventos realizados por estes grupos, especialmente na cidade de São Paulo, e bibliográfica a partir dos estudos da semiótica da cultura e da mídia, das teorias sociais e da memória, assim como do estudo das teatralidades juvenis.

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Biografia do Autor

  • Marco Antonio Bin, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP. Integrante do Grupo de Pesquisa em Memória, Comunicação e Consumo (MNEMON) do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM.

  • Mônica Rebecca Ferrari Nunes, Escola Superior de Propaganda e Marketing

    Docente e Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Comunicação e Práticas de Consumo PPGCOM-ESPM. Líder do Grupo de Pesquisa MNEMON, Memória, Comunicação e Consumo (CNPq/ESPM).

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Publicado

2020-12-04

Como Citar

Folkers, bardos e barbados: memória, utopia e política no medievalismo brasileiro. (2020). Comunicação & Educação, 25(2), 58-69. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v25i2p58-69