Solano Trindade e a poética da resistência: na ausência, a existência

Autores

  • Arlindo Rebechi Junior Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v26i1p209-221

Palavras-chave:

Solano Trindade (1908-1974), Poesia Afro-brasileira, Literatura Brasileira

Resumo

Este artigo tem o propósito de apontar algumas linhas de força presentes na poesia do recifense Solano Trindade (1908-1974), uma das figuras mais importantes da poesia afro-brasileira. Sua produção poética concentrou-se entre os anos 1930 e 1960, período em que se estabeleceu entre a militância a favor das populações negras e os movimentos de uma arte popular, participando do Teatro Experimental do Negro (TEN) e fundando o Teatro Popular Brasileiro (TPB). Sua poesia também esteve circunscrita a esses dois limites de atuação e consegue preencher uma lacuna: ele vai ao passado dos negros e negras do Brasil como um ato de resistência, dá existência ao que estava silenciado.

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Biografia do Autor

  • Arlindo Rebechi Junior, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

    Docente do Departamento de Ciências Humanas da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista, atua na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Doutor em Literatura Brasileira pela FFLCH/USP.

Referências

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Publicado

2021-07-15

Como Citar

Solano Trindade e a poética da resistência: na ausência, a existência. (2021). Comunicação & Educação, 26(1), 209-221. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v26i1p209-221