Atuação política e educação não-formal na cibercultura: a construção do sujeito tensional fora dos espaços institucionais da educação tradicional

Autores

  • Eugênio Rondini Trivinho Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Lilian Venturini Gavaldão Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v25i2p7-19

Palavras-chave:

Cibercultura, Comunicação, Socialização, Educação não-formal, Tecnologias digitais

Resumo

O artigo aborda as possibilidades da educação não-formal na cibercultura, tida como fase atual da civilização multimediática. Entrelaçando teoria da socialização e sociologia da educação, a reflexão objetiva apurar até que ponto contextos não- -institucionalizados de formação, mediados por tecnologias digitais e redes interativas, contribuem, de fato, para a construção de um sujeito tensional – processo concebido como experiência cotidiana influenciada o menos possível por valores tecnicistas, econômico-utilitários e burocrático- -funcionalistas, tão característicos dos últimos séculos. Apoiado no conjunto de ações digitais dos coletivos Transparência Hacker e Ônibus Hacker, o estudo explora as características, o desenvolvimento e as armadilhas dessa experiência de formação política e crítica, consolidada fora dos espaços escolares convencionais.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Eugênio Rondini Trivinho, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Professor do Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP (Departamento de Artes da Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes - FAFICLA)

  • Lilian Venturini Gavaldão, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Referências

ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.

ADORNO, Theodor W. Teoria da semicultura. Educação e Sociedade, Campinas, v. 17, n. 56, p. 388-411, 1996.

ARENDT, Hannah. O que é política? Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

BOURDIEU, Pierre. Esboço de uma teoria da prática. In: ORTIZ, Renato (org.). Pierre Bourdieu: Sociologia. São Paulo: Ática, 1983. p. 46-81.

DUBET, François. A formação dos indivíduos: a desinstitucionalização. Contemporaneidade e Educação, São Paulo, v. 3, n. 3, p. 27-33, 1998.

GADOTTI, Moacir. A questão da educação formal/não-formal. In: INSTITUT INTERNATIONAL DES DROITS DE L’ENFANT. Droit à l’éducation: solution à tous les problèmes sans solution? Sion: 2005. p. 1-11.

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal: um novo campo de atuação. Ensaio: Avaliação, Políticas Públicas e Educação, Rio de Janeiro, v. 6, n. 21, p. 511-526, 1998.

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal e cultura política: impactos sobre o associativismo do terceiro setor. São Paulo: Cortez, 1999.

GOHN, Maria da Glória. Não-fronteiras: universos da educação não-formal. São Paulo: Itaú Cultural, 2007.

HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Império. Rio de Janeiro: Record, 2005.

LANDOWSKI, Eric. Aquém ou além das estratégias, a presença contagiosa. Documentos de Estudo do Centro de Pesquisas Sociossemióticas, São Paulo, n. 3, p. 11-50, 2005a.

LANDOWSKI, Eric. De l’imperfection, o livro do qual se fala. In: GREIMAS, Algirdas J. Da imperfeição. São Paulo: Hackers, 2002. p. 125-150.

LANDOWSKI, Eric. O olhar comprometido. Galáxia, São Paulo, v. 2, p. 19-56, 2001.

LANDOWSKI, Eric. Para uma semiótica sensível. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 30, n. 2, p. 93-106, 2005b.

MAGNANI, José Guilherme C. De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 17, n. 49, p. 11-29, 2002.

MAFFESOLI, Michel. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.

SETTON, Maria da Graça Jacintho. A teoria do habitus em Pierre Bourdieu: uma leitura contemporânea. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 20, p. 60-70, 2002a.

SETTON, Maria da Graça Jacintho. Família, escola e mídia: um campo com novas configurações. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 107-116, 2002b.

SETTON, Maria da Graça Jacintho. A particularidade do processo de socialização contemporâneo. Tempo Social, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 335-350, 2005.

SETTON, Maria da Graça Jacintho. A noção de socialização na sociologia contemporânea: um ensaio teórico. São Paulo: [s. n.], 2008.

SETTON, Maria da Graça Jacintho. A socialização como fato social total: notas introdutórias sobre a teoria do habitus. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 41, p. 296-307, 2009.

SETTON, Maria da Graça Jacintho. Teorias da socialização: um estudo sobre as relações entre indivíduo e sociedade. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 37, n. 4, p. 711-724, 2011.

Downloads

Publicado

2020-12-04

Como Citar

Atuação política e educação não-formal na cibercultura: a construção do sujeito tensional fora dos espaços institucionais da educação tradicional. (2020). Comunicação & Educação, 25(2), 7-19. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v25i2p7-19