Rede de museus e espaços de ciências e cultura da UFMG: trajetória, desafios e perspectivas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v16i32p36-55Palavras-chave:
Redes de museus , Patrimônio universitário , Acervo museológico , Museus universitáriosResumo
Criada em 2001, a Rede de Museus e Espaços de Ciência e Cultura da Universidade Federal de Minas Gerais é formada pela adesão voluntária de espaços, que se mantêm autônomos, mas articulados para construírem políticas e projetos comuns na convergência do ensino, pesquisa e extensão com a salvaguarda e comunicação de acervos. Nos últimos cinco anos, sua agenda tem se concentrado no aprimoramento do seu próprio desenho institucional, na produção de informação a respeito do patrimônio universitário como ferramenta para o planejamento e no desenvolvimento de projetos em rede. A pactuação de ações para a gestão do patrimônio científico-cultural impõe o enfrentamento de diversos desafios. Entre eles, ressalta-se a diversidade dos espaços integrantes da Rede, no que concerne ao perfil institucional, grau de autonomia, recursos humanos e financeiros e estrutura física. Além disso, a necessidade de lidar com uma cultura ainda marcada pelos padrões de especiação e criação de “nichos” próprios do desenvolvimento científico e do ambiente universitário, conforme destacado por Thomas Kuhn. A consolidação de ações em rede exige construir um difícil equilíbrio, no qual se supera hierarquias e competitividades em favor da reciprocidade autônoma e espontânea das articulações rizomáticas, na busca de objetivos comuns e do compartilhamento de recursos e experiências.
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