Sanatório Barros Barreto (Belém-Pa)
arquitetura como testemunho científico
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v15i29p124-150Palavras-chave:
Arquitetura moderna, Hospitais, Patrimônio cultural da saúdeResumo
A discussão a respeito do patrimônio cultural da saúde no Brasil tem se evidenciado nos últimos anos, principalmente a respeito dos desafios de valorização do patrimônio material e imaterial, dentre estes a arquitetura assistencial. O Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) começou a ser construído no ano de 1938 como Sanatório Barros Barreto e, em 1976, deixa de ser sanatório, passando a ser chamado de Hospital Barros Barreto. Nesse momento, a instituição se torna também um local provedor de desenvolvimento da ciência por meio das pesquisas em agentes etiológicos das enfermidades incidentes na região amazônica. Este artigo tem por objetivo abordar a arquitetura do HUJBB enquanto patrimônio e,
assim, entender os elementos arquitetônicos que contribuem para o modelo de tratamento que se propunha a abrigar no antigo sanatório paraense.
Downloads
Referências
AGUIAR, Barbara Cortizo; CARCERERI, Maria Luisa Gambôa (org.). Arquitetura moderna e sua preservação: estudos para o plano de conservação preventiva do Pavilhão Arthur Neiva. Rio de Janeiro: In-Fólio, 2017.
AMORA, Ana M. G. Albano; COSTA, Renato Gama-Rosa (org). A modernidade na arquitetura hospitalar: contribuições para a historiografia. Rio de Janeiro: PROARQ-FAU-UFRJ, 2019.
ANTUNES, José Leopoldo Ferreira; WALDMAN, Eliseu; MORAES Mirtes de. A tuberculose através do século: ícones canônicos e signos do combate à enfermidade. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, p. 367-379, 2000.
BERTOLLI FILHO, Cláudio. História social da tuberculose e do tuberculoso: 1900-1950. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001.
BIBLIOTECA DR. ALEXANDRE BARROS DOS SANTOS. Histórico: compilação de documentos. Belém: Hospital Universitário João de Barros Barreto, [19--?]. 35 p.
BRASILEIRO, Carolina da Fonseca Lima. Arquitetura antituberculose em Pernambuco: um estudo analítico dos dispensários de tuberculose do Recife (1950-1960) como instrumentos de profilaxia da Peste Branca. 2012. 226 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) –Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.
COSTA, Livia Gaby. Sanatório Domingos Freire: memória da exclusão e a criação de novos espaços urbanos na 1ª légua de Belém. 2019. 157 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: http://ppgau.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/dissertacoes/2019/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20L%C3%ADvia%20Gaby%20Costa.pdf. Acesso em: 15 jul. 2019.
COSTA, Renato Gama-Rosa. Apontamentos para a arquitetura hospitalar no Brasil: entre o tradicional e o moderno. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 18, supl. 1, p. 53-66, 2011.
COSTA, Renato Gama-Rosa. Pavilhão Arthur Neiva. Modernidade e tradição. In: AGUIAR, Barbara Cortizo; CARCERERI, Maria Luisa Gambôa (org.). Arquitetura moderna e sua preservação: estudos para o plano de conservação preventiva do Pavilhão Arthur Neiva. Rio de Janeiro: In-Fólio, 2017. p. 42-58. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/20561/2/Arquitetura%20Moderna%20e%20sua%20preserva%C3%A7%C3%A3o….Pavilh%C3%A3o%20Arthur%20Neiva.pdf. Acesso em: 7 jun. 2019.
COSTEIRA, Elza Maria Alves; AMORA, Ana Albano. Estudo para a documentação de hospitais modernos brasileiros. In: SEMINÁRIO IBERO-AMERICANO ARQUITETURA E DOCUMENTAÇÃO, 4., 2015, Belo Horizonte. Anais […]. Belo Horizonte: UFMG, 2015. [15] p.
DE BIASE, Alessia. Aljava com flechas pontiagudas debaixo do braço: a tradução entre narração e interpretação. JACQUES, Paola Berenstein; BRITTO, Fabiana Dutra (org.). Alteridade imagem etnografia. Salvador: EDUFBA, 2015. p. 18-27.
ECKERT, Cornelia. As variações “paisageiras” na cidade e os jogos da memória. In: FÓRUM TEMÁTICO PAISAGEM E CULTURA DINÂMICAS DO PATRIMÔNIO E DA MEMÓRIA NA ATUALIDADE, 2., 2007, Belém. Anais […] Belém: UFPA, 2007. [12] p.
FERREIRA, Maria Letícia Mazzucchi. Os fios da memória: Fábrica Rheingantz entre passado, presente e patrimônio. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 19, n. 39, p. 69-98, jan./jun. 2013.
GEERTZ, Clifford. Do ponto de vista dos nativos: a natureza do entendimento antropológico. In: GEERTZ, Clifford. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Tradução de Vera Mello Joscelyne. Petropólis: Vozes, 1997. p. 85-107.
GREGOTTI, Vittorio. O exercício do detalhe. In: NESBITT, Kate (org.). Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica (1965-1995). 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2008. p. 535-569.
LAPLANTINE, François. Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2003.
MARQUES, Ana Maria Barbedo; AGUIAR, Barbara Cortizo; MOREIRA, Daniel Lopes. A preservação da arquitetura moderna em Manguinhos. In: AGUIAR, Barbara Cortizo; CARCERERI, Maria Luisa Gambôa (org.). Arquitetura moderna e sua preservação: estudos para o plano de conservação preventiva do Pavilhão Arthur Neiva. Rio de Janeiro: In-Fólio, 2017. p. 21-31.
MATEUS, João Mascarenhas. A questão da tradição. História da construção e preservação do patrimônio arquitetônico. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, v. 4, n. 1, p. 28-33, 2013.
MIRANDA, Cybelle Salvador. Ruínas, duração e patrimonialidade. RUA, Campinas, v. 22, n. 2, p. 407-424, nov. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.20396/rua.v22i2.8647942.
MIRANDA, Cybelle Salvador; COSTA, Renato Gama-Rosa. Hospitais e saúde no oitocentos: diálogos entre Brasil e Portugal. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2018.
MONTEIRO, Flávia de Azevedo. O patrimônio arquitetônico da saúde: discussões sobre a história da arquitetura hospitalar do século XIX. 2014. Dissertação (Mestrado em Artes) – Centro de Artes, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2014.
NORBERG-SCHULZ, Christian. O fenômeno do lugar. In: NESBITT, Kate (org.). Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica (1965-1995). 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2008. p. 443-461.
SECRETARIA-GERAL DOS CONSELHOS SUPERIORES DELIBERATIVOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Plano de reestruturação do Hospital Universitário João de Barros Barreto. Belém: Universidade Federal do Pará, 2010. Disponível em: http://sege.ufpa.br/boletim_interno/downloads/resolucoes/consun/2011/691%20Anexo%20Plano%20HUJBB.pdf. Acesso em: 21 ago. 2019.
RIBEIRO, Cecília. O projeto do hospital moderno no Brasil. Arquitextos, São Paulo, v. 20, n. 237.06, fev. 2020. Disponível em: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/20.237/7645. Acesso em: 10 mar. 2020.
RIBEIRO, Rosina Trevisan Martins. Técnicas construtivas tradicionais: preservação de um saber fazer. In: RIBEIRO, Nelson Pôrto (org.). Subsídios para uma história da construção luso-brasileira. Rio de Janeiro: Pod Editora, 2013. p. 127-139.
ROCHA, Ana Luiza; ECKERT, Cornelia. Etnografia: saberes e práticas. Iluminuras. v. 9, n. 21, 2008. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/iluminuras/article/view/9301/5371. Acesso em: 21 ago. 2019.
RUBIÓ, Ignasi de Solà-Morales. Do contraste à analogia: novos desdobramentos do conceito de intervenção arquitetônica. In: NESBITT, Kate (org.). Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica (1965-1995). 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2008. p. 452-463.
SEGAUD, Marion. Antropologia do espaço: habitar, fundar, distribuir, transformar. São Paulo: Edições Sesc, 2016.
SERRES, Juliane Conceição Primon. Preservação do patrimônio cultural da saúde no Brasil: uma questão emergente. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 22, n. 4, p. 1411-1426, 2015.
TAVARES, Aderli Goes; CARDOSO, Denise Machado; SÁ, Samuel Maria Amorim. Paisagem e dinâmicas urbanas: memórias sobre o Hospital Barros Barreto. Fronteiras & Debates, Macapá, v. 1, n. 2, p.71-89, jul./dez. 2014. Disponível em: http://periodicos.unifap.br/index.php/fronteiras. Acesso em: 17 ago. 2018.
TAWAB, Ayman Abdel. Humane considerations in Architecture and the outstanding universal significance of 20th Century Cultural Heritage: the case of Paimio Hospital in Finland. Landscape Architecture and Regional Planning, [s. l.], v. 3, n. 2, p. 34-42, 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.11648/j.larp.20180302.13.
VERGUET, Céline. Faire la preuve du patrimoine: authentification et plaidoyer patrimonial: l’Argument historique et l’ argument familial. Memória em Rede, Pelotas, v. 7, n. 12. p. 1-21, jan/jun, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
