Arquivo e os tribunais da história: memória e desejo na transmissão da cultura

Autores

  • Cristiane Rose Duarte Universidade Federal do Rio de Janeiro; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; Programa de Pós- Graduação em Arquitetura
  • Paula Uglione Universidade Federal do Rio de Janeiro (FAU - UFRJ); Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v0i11p136-151

Palavras-chave:

Arquivo, Memória, História

Resumo

O presente artigo apresenta uma reflexão sobre a noção de arquivo no pensamento contemporâneo, através de duas perspectivas teóricas, quais sejam, a teoria psicanalítica e a abordagem histórica de Pierre Nora. Enquanto a teoria psicanalítica e seus desdobramentos apontam para o caráter desejante de toda montagem de arquivo na cultura, Pierre Nora vislumbra no compromisso de arquivo da sociedade atual um processo de historicização do mundo, o que significa o fim de uma memória- viva na cultura. Sob a óptica psicanalítica, pode- se entender que se há diferenças entre memória e história, uma delas está nas marcas que o desejo e a fantasia deixam em qualquer arquivo. Marcas, estas, impensáveis numa história enquanto reconstituição do passado como ele aconteceu. Se a história é uma prótese, como lamenta NORA (1997) é justamente porque, acima de tudo, a memória é invenção.

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Publicado

2011-04-01

Edição

Seção

Coleções e Acervos

Como Citar

Duarte, C. R., & Uglione, P. (2011). Arquivo e os tribunais da história: memória e desejo na transmissão da cultura . Revista CPC, 11, 136-151. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v0i11p136-151