A preservação da saúde em situações patogênicas de trabalho: um estudo de caso na siderurgia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v19i1p45-59Palavras-chave:
Desemprego, Estratégias de preservação da saúde, Experiência, Organização do trabalhoResumo
O artigo pretende fomentar a discussão em torno das relações entre saúde e trabalho, a partir de um diagnóstico sobre as causas de afastamento de trabalhadores de uma empresa do setor siderúrgico de Minas Gerais. Seu objetivo principal foi o de explicitar as estratégias que permitem a alguns trabalhadores preservarem sua saúde, apesar de estarem inseridos em um contexto patogênico de trabalho. A entrevista em profundidade foi o instrumento adotado na coleta de dados. Os resultados apontaram que os trabalhadores que conseguiam manter, ao mesmo tempo seu emprego e sua saúde, construíram, através da experiência profissional acumulada ao longo de sua história laboral, estratégias de enfrentamento da “gestão pelo medo”, adotada pela empresa após sua privatização. Observou-se que eles privilegiam a qualidade ao invés da quantidade, sendo a boa qualidade de seu trabalho uma forma de garantir seus empregos. De modo geral, eles não temem a demissão, o que representou também um importante elemento na preservação da saúde. O artigo conclui, alertando para os riscos de se cometer reducionismos como o de atribuir o adoecimento ou a preservação da saúde às características pessoais do trabalhador. Ele propõe que a organização do trabalho seja percebida como um espaço cujo papel é preponderante nos processos saúde/doençaDownloads
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