A percepção de jovens operários do setor informal calçadista sobre o trabalho
um estudo cartográfico
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v20i1p29-41Palavras-chave:
Jovens, Trabalho, Subjetividade, Cartografia, Desenvolvimento social e humanoResumo
Este estudo dedicou-se a investigar e compreender as percepções de jovens operários do setor informal calçadista sobre o trabalho. Participaram do estudo cinco jovens, com idade entre 16 e 24 anos, trabalhadores de bancas calçadistas localizadas em um bairro tipicamente operário de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Para isso, utilizou-se a carto(foto)grafia como um dos métodos investigativos. Os próprios participantes produziram fotografias de cenas acerca do seu trabalho e falaram sobre seus significados por meio das entrevistas individual e de grupo focal, que foram gravadas em áudio e literalmente transcritas. A avaliação dos dados foi orientada pelos princípios da categorização da análise de conteúdo, e a entrevista em grupo focal foi analisada a partir de categorias formadas e nomeadas pelos próprios participantes e discutida à luz do referencial teórico-conceitual adotado. Concluiu-se então que a maioria dos participantes vive em um universo com possibilidades cristalizadas, o que os impossibilita de construir novos modos de ser e existir no mundo, alojados na alienada lógica dominante, aprisionados à subjetividade capitalística. Alguns, ainda, mesmo que sutilmente, conseguem ver novas possibilidades e tecer algum desejo de transformação.
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