A loucura interroga a gestão
o que aprender com ingovernáveis na era do trabalho imaterial
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v22i2p131-142Palavras-chave:
políticas públicas, reforma psiquiátrica, gestão, trabalho imaterial, pesquisa-intervençãoResumo
O presente artigo debate a relação entre loucura e gestão, questionando o que os ditos “ingovernáveis” teriam a legar às “razoáveis” formas de gestão que se apresentam no campo das políticas públicas de saúde mental. A partir de uma experiência de avaliação da rede de saúde de um município do interior do Rio Grande do Sul, realizada com usuários de um Centro de Atenção Psicossocial, problematizam-se as relações saúde e loucura (compreendida como potência esquizo), as transformações do trabalho tornado imaterial, assim como a ampliação do conceito de gestão do trabalho em saúde mental. Conclui-se que a loucura pode ser um intercessor potente para a invenção das clínicas da Reforma Psiquiátrica.
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