Notas sobre a experiência de trabalho fabril contemporânea: um estudo de caso em uma metalúrgica no ABC paulista
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v12i1p17-34Palavras-chave:
Experiência de trabalho, Fábrica, Sofrimento, Flexibilidade, Estudo de casoResumo
Este artigo visa discutir os impactos das atuais formas de organização do trabalho fabril sobre a experiência psicossocial do trabalho e sobre a saúde dos trabalhadores. Apoiaremos essa discussão em um estudo de caso realizado numa metalúrgica da região do ABC paulista. A metodologia utilizada foi a de uma pesquisa de campo em regime de observação participante. Por meio da redação de um diário de campo, registramos episódios e observações que pareciam melhor descrever as experiências do trabalho. Buscamos comparar os dados obtidos na pesquisa de campo com a bibliografia relacionada à descrição das atuais transformações da gestão do trabalho fabril. Essa discussão abriga uma polêmica: as novas formas de gestão do trabalho fabril permitem uma maior participação do trabalhador na realização do trabalho ou ainda existem formas rígidas de controle apoiadas na separação entre concepção e execução do trabalho? Os dados empíricos permitem constatar que a organização do trabalho ainda se apoia sobre um sistema técnico que alia a separação entre concepção e execução a um sistema de vigilância e controle das atividades dos trabalhadores. Além desses fatores, aliam-se ao sofrimento no trabalho as novas formas de precarização e de flexibilização do regime de contratação de mão-de-obra.Downloads
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