Controle social do trabalho no setor sucroalcooleiro: reflexões sobre o comportamento das empresas, do estado e dos movimentos sociais organizados
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v7i0p11-29Palavras-chave:
Vigilância em saúde e trabalho, Qualidade total, Política social, Sindicalismo, Agroindústria sucroalcooleiraResumo
Neste artigo procura-se refletir sobre as relações que se estabelecem entre as empresas, o Estado e os trabalhadores organizados, quando se trata de implementar práticas de controle social das relações e condições de trabalho no setor sucroalcooleiro. Há um distanciamento entre o que preconizam as políticas, a legislação e a realidade concreta. Nas empresas, as inovações tecnológicas e organizacionais desempregam e intensificam o ritmo do trabalho, não significando melhorias reais para os trabalhadores. Os órgãos estatais desenvolvem ações fragmentadas e desarticuladas. Os trabalhadores, ameaçados pelo desemprego e influenciados por uma política de relações sindicais de consenso, buscam soluções imediatistas para os problemas. No entanto, pode-se afirmar que o Comando foi um espaço privilegiado para qualificar os trabalhadores para lidar preventivamente com a saúde e a segurança no trabalho. Reafirma-se a necessidade de intensificar as ações de vigilância em saúde e trabalho neste setor, alertando para os enganos da cultura da qualidade total, da certificação e dos selos de qualidade como fórmulas mágicas para solucionar os problemas trabalhistas e sociais existentes nas empresas.Downloads
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