A economia solidária na inclusão social de usuários de álcool e outras drogas: reflexões a partir da análise de experiências em Minas Gerais e São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v16i1p41-56Palavras-chave:
Economia solidária, Toxicomania, Trabalho, Políticas públicas.Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar as ações de economia solidária como via de inclusão social de
usuários/dependentes de álcool e outras drogas. Para isso, foram estudadas duas experiências inscritas na Rede
Brasileira de Saúde Mental e Economia Solidária, rede esta organizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Tal
discussão se insere em um projeto mais amplo, apoiado pelo CNPQ, cuja proposta é problematizar a relação entre o
trabalho e o uso/dependência de álcool/drogas, resgatando formas alternativas de organização que propiciem a
inclusão social desse público em particular. Na fundamentação teórica, primeiramente apresenta-se uma visão sobre
o que é a parte álcool/drogas dentro do todo saúde mental, principalmente quanto às suas especificidades e a relação
com o trabalho. Realizou-se, então, uma investigação exploratória que ocorreu, em Minas Gerais e em São Paulo,
verificando a existência de lacunas significativas no que se refere a essas ações. Nas conclusões, ressaltaram-se as
dificuldades que emergem, principalmente no que se refere aos dependentes de psicoativos, como a questão do
dinheiro, dos ganhos secundários e do desinteresse pelas atividades. Nesse sentido, o artigo reforça a complexidade
do fenômeno em questão, que implica, necessariamente, a adoção de ações integrais, que façam parte de uma
política mais ampla de atenção a esses indivíduos.
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