Vivências de trabalhadores com diferentes vínculos empregatícios em um laboratório público
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v16i1p119-133Palavras-chave:
Saúde mental relacionada ao trabalho, Saúde do trabalhador, Saúde pública, Precarização do trabalho, Desgaste mental no trabalho.Resumo
Este artigo refere-se a uma pesquisa que teve como objetivo analisar a vivência de profissionais com diferentes
vínculos empregatícios inseridos em um mesmo serviço público de saúde, tomando como pressuposto que, assim
como o setor privado, o setor público também tem sido afetado pelas mudanças no contexto capitalista atual. O foco
da investigação foi um laboratório público, que foi submetido a uma condição de cogestão entre a administração
pública e uma entidade sem fins lucrativos, no qual convivem trabalhadores que, apesar de exercerem as mesmas
funções, possuem diferentes vínculos empregatícios. Serão discutidas comparativamente as entrevistas realizadas em
2011 com dois profissionais de análises clínicas: um funcionário admitido por concurso público há mais de vinte
anos, que foi “militante” do SUS, e outra trabalhadora com vínculo de trabalho terceirizado há três anos, que só
atuou no setor privado anteriormente. Observou-se que as vivências de trabalho de ambos são permeadas por
características típicas das empresas capitalistas, que se traduzem em precariedade objetiva (baixo salário e vínculo
instável), no caso da funcionária terceirizada, e em precariedade subjetiva (sensação de mal-estar com relação ao
trabalho), do funcionário público. Apesar dessas diferenças, ambos os trabalhadores, cada um a sua maneira, sofrem
com a situação imposta pela ideologia neoliberal que busca terceirizar o serviço público de saúde.
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