Sylvia Plath, Cláudia Roquette-Pinto e os limites da escrita: uma poética do autoaniquilamento.

Autores

  • Aline Leal Barbosa Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v23i23p89-102

Resumo

A partir da análise comparativa da poética de Sylvia Plath e de Claudia Roquette-Pinto, unidas aqui por relação referencial bem como por certo anacronismo, este artigo pretende pensar a construção de uma linguagem que atravessa o tema e a materialidade do corpo, do feminino e da morte. O suicídio, na vida e na poética de Sylvia Plath, serve como chave de análise, ora refutada ora apresentada, para se pensar  essa escrita obscura, realizada numa espécie de “zona de sombra” entre o dizível e o indizível, no contato com as margens da vida, que vai recair sobre os extremos da linguagem. Nomes como Van Gogh, Antonin Artaud, Anne Sexton, Ana Cristina César, entre outros, são também evocados neste artigo como desagregadores de instituições, como a própria linguagem.

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Biografia do Autor

  • Aline Leal Barbosa, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

    Mestre em Literatura Cultura e Contemporaneidade com a dissertação "Literatura em Tempos Expressos" e doutora no mesmo curso com a tese "Sob o sol de Hilda Hilst e Georges Bataille".

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Publicado

2019-04-26

Como Citar

Barbosa, A. L. (2019). Sylvia Plath, Cláudia Roquette-Pinto e os limites da escrita: uma poética do autoaniquilamento. Revista Criação & Crítica, 23, 89-102. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v23i23p89-102