Subversões em Eu, Tituba… Bruxa Negra de Salem: reflexões sobre a crítica provocadora de Maryse Condé
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i38p261-279Palavras-chave:
Maryse Condé, crítica, literatura antilhana, Tituba, subversãoResumo
Este artigo visa explorar os conceitos críticos enfatizados por Maryse Condé em suas entrevistas, com o propósito de identificar como essas concepções se manifestam em sua obra Eu, Tituba: bruxa negra de Salem. Para atingir esse objetivo, serão consideradas as entrevistas conduzidas por Françoise Pfaff com a autora guadalupense, de forma a analisar suas ponderações críticas e a imagem autoral que ela projeta de si. Além disso, será traçado um panorama geral dos pensamentos críticos presentes em três das principais publicações acadêmicas de Condé: sua tese Stéréotype du noir dans la littérature antillaise: Guadeloupe - Martinique (1976); o ensaio La parole des femmes (1979); e o artigo "Order, disorder, freedom, and the West Indian Writer" (1993). Através da compreensão das ideias centrais defendidas pela escritora antilhana e do caráter provocador que ela passa em sua figuração autoral, o estudo se concentrará na análise do romance, com ênfase em ressaltar a natureza subversiva da protagonista no contexto colonial, em consonância com os princípios analíticos de Maryse Condé.
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