A metonímia horrífica na ficção: a concepção sui generis de monstros em "Consciência tranquila", de Cruz e Sousa

Autores

  • Gabriel Costa Resende Pinto Bastos dos Santos Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i39p316-335

Palavras-chave:

Literatura de horror, Literatura brasileira, Cruz e Sousa, Teoria da monstruosidade

Resumo

O presente trabalho discute uma estratégia particular da literatura de horror para criar seus personagens monstruosos: a metonímia horrífica (CARROLL, 1999). Recapitulando modos possíveis de figuração monstruosa na ficção, decidimos pela aplicação desta forma específica, a mais apropriada ao caso em questão, à leitura crítica de um conto do autor catarinense João da Cruz e Souza, mais conhecido por ser um dos arcanos da escola simbolista brasileira, sobre um cruel escravista e os horrores de que é patrocinador. Sem divergirmos tanto em relação ao entendimento firmado sobre a categoria clássica do “monstro”, nosso objetivo é exemplificar uma das maneiras de presentificação da monstruosidade em nossa literatura, sempre colocada de maneira muito furtiva para escapar do jugo de uma tradição sabidamente valorizada, ao menos crítica e historiograficamente, por critérios realistas ou “documentais”.

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Publicado

2024-11-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Santos, G. C. R. P. B. dos. (2024). A metonímia horrífica na ficção: a concepção sui generis de monstros em "Consciência tranquila", de Cruz e Sousa. Revista Criação & Crítica, 39(39), 316-335. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i39p316-335