O funcionamento da autoria na epístola De Profundis de Oscar Wilde

Autores

  • Fernanda Mussalim Universidade Federal de Uberlândia
  • Kelen Cristina Rodrigues Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i12p20-32

Palavras-chave:

Análise do discurso literário, funcionamento de autoria, epistolografia.

Resumo

Neste artigo, pretendemos, com base em fundamentos teóricos da Análise do discurso literário proposta por Dominique Maingueneau e, fundamentalmente, com base na concepção de autor formulada por ele em seu livro Discurso literário, verificar os modos pelos quais se dá o imbricamento entre as três instâncias autorais postuladas pelo autor – a saber, a pessoa, o escritor e o inscritor – na consagrada epístola De Profundis do escritor irlandês Oscar Wilde. O intuito é, em última instância, demonstrar que a noção de autor formulada pelo analista do discurso francês permite conferir a certos gêneros de discurso produzidos no campo da literatura, como o relato autobiográfico e as cartas de autores consagrados, um estatuto que está para além de seus valores documental e biográfico.

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Biografia do Autor

  • Fernanda Mussalim, Universidade Federal de Uberlândia
    Docente do Instituto de Letras e Linguística da Universidade  Federal de Uberlândia.  Área de especialização: Linguística/Análise do Discurso.  Bolsista produtividade CNPq.
  • Kelen Cristina Rodrigues, Universidade Federal de Uberlândia
    Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de Uberlândia. Realizou estágio de doutoramento na Université de Sorbonne - Paris IV, sob a supervisão de Dominique Maingueneau.

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Publicado

2014-06-09

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Mussalim, F., & Rodrigues, K. C. (2014). O funcionamento da autoria na epístola De Profundis de Oscar Wilde. Revista Criação & Crítica, 12, 20-32. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i12p20-32