Performance e política no Poetry Slam: um olhar feminista-decolonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i28p217-241

Palavras-chave:

Movimento poético de slam, Arte performática, Prática feminista-decolonial

Resumo

O presente estudo tem como principal objetivo introduzir o movimento poético de slam fundamentado na história da arte performática, com ênfase em seu caráter político. Para além disso, considerando a produção do slam no contexto da América Latina, em especial do Brasil, a crítica decolonial se mostra pertinente a essa leitura. Desse modo, almeja-se evidenciar a prática feminista-decolonial observada na arte performática do slam, já que ela abre a possibilidade de mulheres não-brancas produzirem, falarem e ouvirem outras mulheres e suas mais variadas formas de ser e estar no mundo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Jéssica Antunes Ferrara, Universidade Federal de Juiz de Fora

    Possui graduação em Letras: Língua portuguesa e suas respectivas literaturas (2016) e mestrado em Letras: Estudos Literários (2019) pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Atualmente é doutoranda em Letras: Estudos Literários pela mesma instituição. Desenvolve pesquisa com foco em Literatura Comparada, Literatura Contemporânea, Crítica Social e Estudos de Gênero na América Latina.

Referências

BERNARDINO-COSTA, J.; GROSFOGUEL, R. Decolonialidade e perspectiva negra. Revista Sociedade e Estado, Universidade Federal de Brasília, Brasília, v. 31, n. 1, 2016, p. 15-24. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/se/v31n1/0102-6992-se-31-01-00015.pdf>. Acesso em: 04 jun. 2020.

BOURDIEU, P. A distinção: crítica social do julgamento. Tradução Daniela Kern, Guilherme J. F. Teixeira. 2. ed. Porto Alegre: Zouk, 2017.

BOURDIEU, P. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. Tradução Maria Lucia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

BUTLER, J. A vida psíquica do poder: teorias da sujeição. Tradução Rogério Bettoni. Belo Horizonte: Autêntica, 2017b.

BUTLER, J. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Tradução Rogério Bettoni.

Belo Horizonte: Autêntica, 2017a.

CARLSON, M. A. Performance: uma introdução crítica. Tradução Thaís Flores Nogueira Diniz e Maria Antonieta Pereira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.

CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. Prólogo. Giro decolonial, teoría crítica y pensamiento heterárquico. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. (Orgs.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007, p. 9-24.

D’ALVA, R. E. SLAM: voz de levante. Rebento, São Paulo, n. 10, 2019, p. 268-286. Disponível em: <http://www.periodicos.ia.unesp.br/index.php/rebento/article/view/360/251>. Acesso em: 04 jun. 2020.

D’ALVA, R. E. Um microfone na mão e uma ideia na cabeça: o poetry slam entra em cena. Synergies Brésil, São Paulo, n. 9, 2011, p. 119-126. Disponível em: <https://gerflint.fr/Base/Bresil9/estrela.pdf>. Acesso em: 04 jun. 2020.

EPSTEIN, J. Who Killed Poetry? The main modernist poets had written with assurance in their bones, as if they knew their worth and knew that… Commentary, New York, n. 2, 1998. Disponível em: <https://www.commentarymagazine.com/articles/who-killed-poetry/>. Acesso em: 04 jun. 2020.

FERRARA, J. A. Literatura, gênero e política na América Latina: conexões entre Pagu e Blanca Luz. 2019. Dissertação (Mestrado em Letras: Estudos Literários) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2019. Disponível em: <https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9340>. Acesso em: 04 jun. 2020.

FOUCAULT, M. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, H. L.; RABINOW, P. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Tradução Vera Porto Carrero. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995, p. 231-250.

GIOIA, D. Can Poetry Matter? In: Can Poetry Matter? Essays on Poetry and American Culture. Saint Paul: Graywolf, 1992, p. 1-24.

NEGAFYA. Brasil genocida. In: DUARTE, Mel (Org.). Querem nos calar: poemas para serem lidos em voz alta. São Paulo: Planeta do Brasil, 2019, p. 184.

QUIJANO, A. ¡Qué tal raza! In: PALERMO, Zulma; QUINTERO, Pablo (Orgs.). Aníbal Quijano: textos de fundación. Buenos Aires: Del Signo, 2014, p. 100-108.

SEGATO, R. L. La nación y sus otros: raza, etnicidad y diversidad religiosa en tiempos de políticas de la identidad. Buenos Aires: Prometeo, 2007.

SEGATO, R. L. Los cauces profundos de la raza latinoamericana: una relectura del mestizaje. Critica e emancipación: revista latinoamericana de ciencias sociales, CLACSO, Buenos Aires, n. 3, 2010, p. 11-44. Disponível em: <http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20120301125018/CyE3.pdf>. Acesso em 04 jun. 2020.

SEGATO, R. L. Raça e racismo em uma perspectiva própria latino-americana. In: SEMINÁRIO VIRTUAL CLACSO (1903). Raza, género y derechos desde la perspectiva de la colonialidad. Buenos Aires: CLACSO, 2019.

SOMERS-WILLET, S. B. A. The cultural politics of slam poetry: race, identity, and the

performance of popular verse in America. Michigan: University of Michigan Press, 2009.

TAYLOR, D. Performance. Buenos Aires: Asunto Impreso, 2012.

ZUMTHOR, P. Performance, recepção, leitura. Tradução Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

Downloads

Publicado

2020-12-22

Como Citar

Performance e política no Poetry Slam: um olhar feminista-decolonial. (2020). Revista Criação & Crítica, 28, 217-241. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i28p217-241