Falar, pensar, olhar: três verbos da gastronomia balzaquiana

Autores

  • Paula Caldas Frattini Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i18p51-64

Palavras-chave:

Balzac, romance, literatura, gastronomia, visualidade

Resumo

O presente artigo pretende discutir a maneira como a poética balzaquiana atribui uma condição indispensável à comida na representação da vida do homem do século XIX em A Comédia Humana. A partir de uma leitura panorâmica dos romances balzaquianos, procuramos, primeiramente, analisar a relação entre a comensalidade e as características formais do texto. Em segundo lugar, seguindo outra vertente de sua poética, apontamos a dimensão epistemológica sobre a comida no movimento do pensamento balzaquiano presente na narrativa. Finalmente, como não poderia deixar de ser, em se tratando da poética balzaquiana, revisitamos a relação entre o descritivo e os aspectos visuais da representação gastronômica.

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Biografia do Autor

  • Paula Caldas Frattini, Universidade de São Paulo
    Possui graduação em Letras Modernas Francês/Português pela Universidade de São Paulo (1997), mestrado em Teoria Literária e Literatura Comparada - Fauldade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas- USP (2010) e Doutorado em Letras obtido no Programa Estudos Linguísticos, Literários e Tradutológicos em Francês pela Universidade de São Paulo (2015) com período sanduíche na Université Paris Diderot - Paris 7 (Orientador: José-Luis Diaz).

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Publicado

2017-06-30

Como Citar

Frattini, P. C. (2017). Falar, pensar, olhar: três verbos da gastronomia balzaquiana. Revista Criação & Crítica, 18, 51-64. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i18p51-64