Ser habitada por Timor
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2016.111673Resumo
A ideia do presente texto é que num primeiro momento o leitor entre em contato com a dimensão da invasão indonésia junto ao território timorense e conheça as vozes de Xanana Gusmão, João Aparício e Domingos de Sousa por meio da literatura produzida para a manutenção do espírito da resistência, revelando, com isso, as mais cruéis ações humanas praticadas para a imposição da anexação da ilha de Timor, em contrapartida da necessidade de reconquista da pátria para o cessar da opressão. Somadas a tais vozes, reconhecidos escritores, como Mia Couto, Sophia Andresen, Craveirinha e Agualusa ofereceram prefácios às obras como gesto solidário à luta pela liberdade da nação, forjando uma rede literária. O segundo momento refere-se à experiência de viver no Timor pós-independência, por seis meses, o que justifica o estudo oferecido e a promessa feita aos timorenses de que não seriam esquecidos por mim, seriam lidos e admirados: minha tese de doutorado, em andamento, faz do país e de seu povo objeto de estudo e apreciação, na torcida por mais interessados. Adianto que o relato vem acompanhado por imagens de meu arquivo pessoal, é bem-intencionado e repleto de engasgos não evitados, porque Timor foi o meu despertar.
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Referências
APARÍCIO, João. À janela de Timor. Lisboa: Caminho da Poesia, 1999.
CARDOSO, Luís. Crónica de uma travessia – A época de Ai-Dik-Funam. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1997.
GUSMÃO, Xanana. Mar Meu. Lisboa: Granito, Editores e Livreiros, 2003.
PEDRINHA, Ponte. Andanças de um timorense. Lisboa: Edições Colibri, 1998.
SOUSA, Domingos de. Colibere, um herói timorense. Lisboa: Lidel, 2007.