Mediação e transculturação no orientalismo de Antero de Quental

Autores

  • José Carvalho Vanzelli Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2018.142981

Palavras-chave:

Antero de Quental, orientalismo, transculturação, Oriente, Budismo

Resumo

Este texto pretende discutir se houve um processo de transculturação nas ideias do poeta português Antero de Quental (1842-1891) a partir de seu contato com o Oriente ao longo de sua vida. Para tanto, nos baseamos na teoria de transculturação do teórico uruguaio Ángel Rama e estudamos em um selecionado de cartas do poeta como sua interação com o pensamento oriental – mais especificamente com a filosofia budista – se alterou desde a década de 70, seu período mais combativo, até sua morte em 1891.

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Biografia do Autor

  • José Carvalho Vanzelli, Universidade de São Paulo
    Doutorando em Letras (área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa) e membro de grupos de pesquisa na Universidade de São Paulo (USP). Realiza pesquisa com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Mestre em Letras (área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa) pela Universidade de São Paulo com a dissertação "Eça de Queirós e o Extremo Oriente". É bacharel em Letras (Português e Japonês) pela mesma instituição e, entre os anos de 2008 e 2009, participou do Programa de Língua e Cultura Japonesa na Soka University, Hachioji, Tóquio, Japão. Foi Professor Assistente na Hankuk University of Foreign Studies (HUFS), Coreia do Sul nos anos de 2014 e 2015.

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Publicado

2018-06-30

Como Citar

Mediação e transculturação no orientalismo de Antero de Quental. (2018). Revista Crioula, 21, 735-755. https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2018.142981