A paisagem como questão política para Ruy Duarte de Carvalho

Autores

  • Renata de Oliveira Klipel Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Maria-Benedita Basto Sorbonne Université

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2018.150321

Palavras-chave:

Romance Angolano, Ruy Duarte de Carvalho, Paisagem, Experiência, Memória

Resumo

Este artigo propõe uma leitura do caráter político que o autor angolano Ruy Duarte de Carvalho percebe na paisagem, no livro As paisagens propícias (2005). Dedicando sua produção literária à preservação da memória dos povos Kuvale, povos nômades, rurais, analfabetos e ambicionando manter vivas as suas tradições e o seu modo de vida, Ruy Duarte acaba por propor reflexões sobre as consequências do colonialismo na sociedade angolana que aderiu aos valores da civilização ocidental.

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Biografia do Autor

  • Renata de Oliveira Klipel, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

    Graduada pela Université de Paris-Sorbonne, Paris IV, (atual Sorbonne Université) em Langues, Littératures et Civilisations étrangères et régionales, no percurso “Portugais” (2016). Graduada em Licenciatura em Letras
    Português/Francês, pela UFRGS (2017). 

  • Maria-Benedita Basto, Sorbonne Université

    Maître de conférences, em Estudos Lusófonos, UFR Études ibériques et latino-américaines. Professora de literaturas Africanas de Língua Portuguesa, Sorbonne Université, CRIMIC/IMAF. 

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Publicado

2018-12-26

Como Citar

A paisagem como questão política para Ruy Duarte de Carvalho. (2018). Revista Crioula, 1(22), 63-76. https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2018.150321