As muitas versões de um mesmo relato: o jogo narrativo de O Manual dos Inquisidores, de António Lobo Antunes.

Autores

  • Ana Cristina Pinto Bezerra Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2015.85399

Palavras-chave:

Jogo narrativo, Ditadura, O Manual dos Inquisidores.

Resumo

A análise pretendida deseja compreender como se realiza o “jogo narrativo” presente no romance O manual dos inquisidores (1996), de Lobo Antunes, percebendo de que forma a realização estético-formal e sua multiplicidade de vozes, observada na prosa, dialogam com o universo histórico e social com o qual o Manual se relaciona. Assim deseja-se perceber como as vozes significam o contexto social vivenciado e para além dele, como vozes aglutinadas em um mesmo “relato”.

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Biografia do Autor

  • Ana Cristina Pinto Bezerra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
    Graduada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Mestre em Literatura Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem pela mesma instituição. Doutoranda pelo mesmo programa e instituição, com pesquisa voltada para as relaçãoes entre as literaturas portuguesa e africana de Língua Portuguesa, com o título “De vencedores a vencidos: o desmonte da identidade nacional na prosa de António Lobo Antunes e de José Eduardo Agualusa”

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Publicado

2015-04-25

Edição

Seção

Dossiê: Literatura e Resistência

Como Citar

As muitas versões de um mesmo relato: o jogo narrativo de O Manual dos Inquisidores, de António Lobo Antunes. (2015). Revista Crioula, 15. https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2015.85399