“Que a obra/ não se oponha/ à vida”: tensões entre “testemunho” e “fingimento” na “construção poética” de Adília Lopes/Maria José

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v12i22p94-112

Palavras-chave:

Poesia portuguesa moderna e contemporânea, Autor, Adília Lopes, Tensões

Resumo

RESUMO: Neste artigo, discutem-se as possíveis relações entre autor e obra tendo em vista a poética de Adília Lopes, apontando para aproximações e tensionamentos. Num primeiro momento, assinala-se a tentativa de se aproximar sujeito de experiência e sujeito lírico no texto poético, colar o “texto nu” ao “rosto nu” do autor, coser as rupturas. Em um segundo momento, essa imagem é matizada, a linguagem se metamorfoseia em uma máscara que “masca” e deglute o sujeito de experiência.

 

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Biografia do Autor

  • Ian Anderson Maximiano Costa, Universidade Federal de Minas Gerais

    Mestrando em Teoria Literária e Literatura Comparada do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil. Licenciado em História pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Brasil. Bacharel em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.

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Publicado

2020-12-29

Como Citar

Costa, I. A. M. (2020). “Que a obra/ não se oponha/ à vida”: tensões entre “testemunho” e “fingimento” na “construção poética” de Adília Lopes/Maria José. Revista Desassossego, 12(22), 94-112. https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v12i22p94-112