ERA UMA VEZ... ENTRE A TRADIÇÃO E A MODERNIDADE NAS VERSÕES DO CONTO “BRANCA DE NEVE”
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v9i18p63-73Palavras-chave:
Contos, contos de fada, Branca de NeveResumo
A figura da mulher foi e ainda é motivo de grandes contrastes dentro do cenário social e político, e isso se reflete no discurso literário. É por essa razão que faço emergir um olhar estético sobre duas personagens distantes, e, ao mesmo tempo próximas: Brancas de Neve; a princesa que habita no imaginário dos contos de fadas e Maria da Graça, a gerente bancária e personagem central do conto de Lídia Jorge. A primeira do século XIX, menina perdida na floresta, após ser deixada lá pelo caçador a mando de sua “madrasta” invejosa e cercada por sete anões; e a segunda do século XXI, mulher perdida na “selva de pedras” de uma grande cidade que, após um longo e produtivo dia de trabalho, se vê cercada por sete crianças, que caminham na aba de seu casaco durante uma noite fria de véspera de natal.Downloads
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