A condição epistêmica para a responsabilidade moral como uma forma de manutenção de estruturas de opressão

Autores

  • Beatriz Sorrentino Marques Universidade Federal de Mato Grosso. Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2023.213918

Palavras-chave:

responsabilidade moral, esquema de gênero, condição epistêmica, sensação de agência

Resumo

Ao pensar as condições de adequação para a responsabilização moral, Michelle Ciurria não discute se o agente tem controle da ação. Ela propõe que a vítima seja trazida para o centro da discussão e questiona até mesmo a ideia de que a ignorância moral do agente impede a atribuição de culpa em alguns casos. Esse desafio à condição epistêmica pode dar origem a objeções. Por isso, proponho explicar por que essa condição não é importante se levarmos a proposta de Ciurria a sério, e como a influência dos esquemas de gênero na sensação de agência ajuda a mostrar isso.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Antony, L. (2012) “Different voices or perfect storm: why are there so few women in philosophy?” Journal of Social Philosophy, 43(3), p. 227-255. https://doi.org/10.1111/j.1467-9833.2012.01567.x.

Brancazio, N. (2019) “Gender and the senses of agency”. Phenomenology and the Cognitive Sciences, 18(2), p. 425-440. https://doi.org/10.1007/s11097-018-9581-z.

Ciurria, M. (2019) An intersectional feminist theory of moral responsibility. New York: Routledge.

Darwall, S. (2010) “Precis: the second-person standpoint”. Philosophy and Phe-nomenological Research, 81(1), p. 216-228. https://doi.org/10.1111/j.1933-1592.2010.00367.x.

Darwall, S. (2006) The second-person standpoint: morality, respect, and accountability. Cambridge, Mass: Harvard University Press.

Haslanger, S. A. (2012) Resisting reality: social construction and social critique. New York: Oxford University Press.

Fischer, J. M.; Ravizza, M. (1998) Responsibility and control: a theory of moral re-sponsibility. Cambridge: Cambridge Univ. Press.

Mele, A. (2010) “Moral responsibility for actions: epistemic and freedom condi-tions”. Philosophical Explorations, 13(2), p. 101-111. https://doi.org/10.1080/13869790903494556.

Rudy-Hiller, F. (2018) “The epistemic condition for moral responsibility”. Pla-to.stanford.edu. Disponível em: https://plato.stanford.edu/archives/fall2018/entries/moral-responsibility-epistemic.

Strawson, P. (1962) “Freedom and resentment”. Proceedings of the British Academy, 48, p. 1-25.

Talbert, M. (2013) Unwitting wrongdoers and the role of moral disagreement in blame. In: Shoemaker, D. (ed.), Oxford Studies in Agency and Responsibility, Vol. 1, Oxford: Oxford University Press, p. 225-245.

Van Inwagen, P. (1975) “The incompatibility of free will and determinism”. Philo-sophical Studies, 27(3), p. 185-199. https://doi.org/10.1007/bf01624156.

Vargas, M. (2005) “The trouble with tracing”. Midwest Studies in Philosophy, 29(1), p. 269-291. https://doi.org/10.1111/j.1475-4975.2005.00117.x.

Witt, C. (2011) The metaphysics of gender. Oxford: Oxford University Press.

Young, I. M. (2005) On female body experience: “Throwing like a girl” and other essays. New York: Oxford University Press.

Zimmerman, M. J. (2018). “Peels on ignorance as a moral excuse. International Journal of Philosophical Studies, 26(4), p. 624-632. https://doi.org/10.1080/09672559.2018.1511150.

Downloads

Publicado

2023-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Marques, B. S. . (2023). A condição epistêmica para a responsabilidade moral como uma forma de manutenção de estruturas de opressão. Discurso, 53(1), 154–172. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2023.213918