Sobre o prazer excedente: de Marcuse a Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2007.38079Palavras-chave:
prazer, excesso, repressão, Marcuse, AristótelesResumo
A vida psíquica no interior da civilização está, como Freud mostrou de maneira convincente, marcada pela falta de gratificação. O desejo impulsiona o sujeito a uma completude sempre insatisfeita; e o prazer é apenas um estado passageiro entre dois momentos de desprazer. Mas, como observou Marcuse, na civilização, temos o prazer excessivo como complemento compensatório em relação ao desprazer. A repressão dos impulsos sexuais parciais e o superdesenvolvimento da genitalidade permitem o prazer intensificado.
Em Freud, o prazer é pensado como preenchimento de uma falta prévia. Ele é prazer em movimento, resultado de um processo de geração. Contudo, há uma alternativa a essa noção de prazer. Segundo tal teoria alternativa, teríamos uma possibilidade de pensar o prazer puro, despojado de todo elemento metafísico. Assim completar-se-ia o projeto, iniciado por Marcuse, de uma crítica materialista da psicanálise. Tal teoria poderia redefinir o prazer liberando-o do conceito de excedente. Na Ética a Nicômaco, Aristóteles fornece os elementos que permitiram pensar o prazer em termos pós-freudianos.
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