Sobre o prazer excedente: de Marcuse a Aristóteles

Autores

  • Edgardo Gutiérrez Facultad de Filosofía y Letras; Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo de la Universidad de Buenos Aires; Instituto Universitario Nacional de Artes

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2007.38079

Palavras-chave:

prazer, excesso, repressão, Marcuse, Aristóteles

Resumo

A vida psíquica no interior da civilização está, como Freud mostrou de maneira convincente, marcada pela falta de gratificação. O desejo impulsiona o sujeito a uma completude sempre insatisfeita; e o prazer é apenas um estado passageiro entre dois momentos de desprazer. Mas, como observou Marcuse, na civilização, temos o prazer excessivo como complemento compensatório em relação ao desprazer. A repressão dos impulsos sexuais parciais e o superdesenvolvimento da genitalidade permitem o prazer intensificado.

Em Freud, o prazer é pensado como preenchimento de uma falta prévia. Ele é prazer em movimento, resultado de um processo de geração. Contudo, há uma alternativa a essa noção de prazer. Segundo tal teoria alternativa, teríamos uma possibilidade de pensar o prazer puro, despojado de todo elemento metafísico. Assim completar-se-ia o projeto, iniciado por Marcuse, de uma crítica materialista da psicanálise. Tal teoria poderia redefinir o prazer liberando-o do conceito de excedente. Na Ética a Nicômaco, Aristóteles fornece os elementos que permitiram pensar o prazer em termos pós-freudianos.

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Biografia do Autor

  • Edgardo Gutiérrez, Facultad de Filosofía y Letras; Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo de la Universidad de Buenos Aires; Instituto Universitario Nacional de Artes
    Docente e investigador das cátedras de Estética e Filosofia contemporânea na Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires; professor adjunto da cátedra de Estruturas narrativas audiovisuais na Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo de la Universidad de Buenos Aires; professor titular das cátedras de Fundamentos teóricos da producão artística e Filosofia e estética no Instituto Universitario Nacional de Artes

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Publicado

2007-06-09

Edição

Seção

Nao definda

Como Citar

Gutiérrez, E. (2007). Sobre o prazer excedente: de Marcuse a Aristóteles. Discurso, 36, 243-256. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2007.38079