Purificação da experiência e conhecimento absoluto do real: a metafísica como intuição da duração

Autores

  • Débora Cristina Morato Pinto Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2008.62549

Palavras-chave:

consciência, percepção, visão, totalidade, ser, duração

Resumo

Pretendemos aqui mostrar que o vínculo indissociável entre crítica da inteligência e intuição da duração acarreta a nova definição da metafísica: “experiência integral”, segundo Bergson. A relação entre o trabalho de desqualificação de ilusões racionais e a redescoberta do ser como duração expõe, desse modo, como a consciência pode voltar a seus próprios dados e neles encontrar uma experiência real e inegável, a da presença do ser e de nosso pertencimento ao ser. A filosofia bergsoniana procura, nesse âmbito, conjugar reflexibilidade e sensibilidade. Em suas duas primeiras obras, pelo estudo profundo e detalhado dos processos psicológicos, Bergson defende que a consciência à qual a duração apareceria é a mesma que se toma como objeto, “espectadora e atriz”. A consciência age e vê, é o ver do fazer — ou, antes, do fazer-se. A duração que apareceria à consciência é a própria consciência: a consciência da duração e a duração da consciência estariam identificadas nessa visão.

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Publicado

2008-10-02

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pinto, D. C. M. (2008). Purificação da experiência e conhecimento absoluto do real: a metafísica como intuição da duração. Discurso, 38, 145-196. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2008.62549