Endemias e epidemias na Amazônia: malária e doenças emergentes em áreas ribeirinhas do Rio Madeira. Um caso de escola

Autores

  • Tony Hiroshi Katsuragawa Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais de Rondônia
  • Luiz Herman Soares Gil Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais de Rondônia
  • Mauro Shugiro Tada Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia; Centro de Pesquisa em Medicina Tropical
  • Luiz Hildebrando Pereira da Silva Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia; Centro de Pesquisa em Medicina Tropical

Palavras-chave:

Epidemias, Malária, Portador assintomático, Hidrelétrica, Amazônia

Resumo

Após fazer uma análise da evolução da malária na Amazônia brasileira, detalhando em particular a situação em Rondônia e no município de Porto Velho, onde ocorreram episódios dramáticos de epidemias de malária no passado, os autores apresentam o quadro atual da prevalência de malária nas áreas do Vale do Rio Madeira, que sofrerão impactos com a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, e alertam sobre a situação particular da malária em áreas ribeirinhas. Nessas áreas, observam-se alta incidência de malária vivax e falciparum, a presença de grande número de portadores assintomáticos de parasitas e altas densidades do vetor Anopheles darlingi o ano todo. Esses elementos, associados à provável chegada de migrantes oriundos de áreas não-endêmicas de Rondônia e de outros Estados do país, atraídos pela possibilidade de trabalho nessas hidrelétricas e oportunidades de comércio, lazer, educação e atividades domésticas, criam condições favoráveis à ocorrência de epidemias de malária e de outras doenças tropicais se não forem realizadas intervenções adequadas de controle, em particular no domínio do saneamento.

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Publicado

2008-12-01

Edição

Seção

Dossiê Epidemias

Como Citar

Endemias e epidemias na Amazônia: malária e doenças emergentes em áreas ribeirinhas do Rio Madeira. Um caso de escola . (2008). Estudos Avançados, 22(64), 111-141. https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/10351