Oui, mais il faut parier: fidelidade e dúvida no Memorial de Aires

Autores

  • Pedro Meira Monteiro Universidade de Princeton

Palavras-chave:

Machado de Assis, Beethoven, Suspeita, Ópera, Literatura e moral, Referencialidade

Resumo

O artigo investiga o papel desempenhado pelo Fidelio de Beethoven no Memorial de Aires de Machado de Assis. Nesse romance extraordinário, o conselheiro Aires evita condenar uma mulher que, entretanto, o seu enganoso diário terminará pondo sob suspeita. Na ópera, Leonora nada esconde, porque abaixo de sua máscara não há nada senão sua lealdade ao marido aprisionado. Machado de Assis, contudo, inicia sua trama num cemitério, onde o marido agora é morto. A importante questão que daí resta é: o que fazer se a fidelidade se refere a um objeto que, seja ele o amado, seja o referente literário, não existe mais?

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Publicado

2008-12-01

Edição

Seção

Vieira, Machado, Guimarães Rosa

Como Citar

Oui, mais il faut parier: fidelidade e dúvida no Memorial de Aires . (2008). Estudos Avançados, 22(64), 291-324. https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/10361