Os “Poemas da Negra”, uma leitura a contrapelo da “poesia do senhor do engenho”

Autores

  • ANGELA TEODORO GRILLO Universidade de São Paulo; Instituto de Estudos Brasileiros

Palavras-chave:

Mário de Andrade Poeta, Poemas da negra, Musa negra, Poesia brasileira

Resumo

O presente artigo dedica-se a uma leitura dos doze “Poemas da Negra” de Mário de Andrade, escritos em 1928 e publicados em 1930 na obra Remate de males. A análise e a interpretação do conjunto amoroso nascem dos estudos do manuscrito Preto no acervo do escritor (Grillo, 2010), salvaguardado no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP), e seguem indicações de Gilda de Melo e Souza (2005). A estudiosa aponta para que se faça uma leitura dos poemas a contrapelo do que ela denomina “poesia do senhor do engenho”. De fato, em um dos mais belos versos amorosos de Mário de Andrade, o poeta desenvolve na poesia modernista uma nova dicção a respeito da negra, na medida em que o eu lírico a eleva a um plano cósmico, igualando o eu poético e a musa de azeviche.

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Publicado

2017-05-01

Edição

Seção

Mário de Andrade

Como Citar

GRILLO, A. T. (2017). Os “Poemas da Negra”, uma leitura a contrapelo da “poesia do senhor do engenho”. Estudos Avançados, 31(90), 199-214. https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/137894