A memória da poesia modernista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2022.36104.004

Palavras-chave:

Modernismos, Ruptura, Continuidade, Memória, Violência, Fala brasileira

Resumo

Nos anos 1920, os modernismos brasileiros revelavam estratégias não apenas de ruptura com a tradição, mas também de continuidade, como apontam suas relações com a elite aristocrática do café (patrocinadora da Semana de Arte Moderna) e também com o romantismo (especialmente, o de José de Alencar). A construção da memória modernista sobre o Brasil é um dos índices mais reveladores desse movimento ambivalente de ruptura e de continuidade com a tradição, destacando-se, nesse processo, o registro do histórico de violência do Brasil colonial, bem como a incorporação da fala brasileira por meio da literatura.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AGUIAR, C. D. Paulo Prado e a Semana de Arte Moderna: ensaios e correspondências. Assis, 2014. Tese (Doutorado) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.

ANDRADE, C. D. de. Confissões de Minas. São Paulo: Cosac & Naify, 2011.

ANDRADE, C. D. de. Carlos Drummond de Andrade: Poesia 1930-1962: de Alguma poesia a Lição de coisas. Edição crítica preparada por Júlio Castañon Guimarães. São Paulo: Cosac & Naify, 2012.

ANDRADE, M. de. O movimento modernista. In: ___. Aspectos da literatura brasileira. 4.ed. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1974. p.231-55.

ANDRADE, M. de. Poesias completas. Edição crítica de Diléa Zanotto Manfio. Belo Horizonte: Villa Rica, 1993.

ANDRADE, M. de; BANDEIRA, M. Correspondência Mário de Andrade & Manuel Bandeira. Organização, introdução e notas de Marcos Antônio de Moraes. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2000. Coleção Correspondência de Mário de Andrade.

ANDRADE, O. de. Obras completas: VII – Poesias reunidas. Apresentação de Haroldo de Campos. 4.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974.

ANDRADE, O. de. Obras completas: VI – Do pau-brasil à antropofagia e às utopias. Manifestos, teses de concursos e ensaios. 2.ed. Introdução de Benedito Nunes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

AUGUSTO, J.; PINHO, O. Gira de diálogos sobre o apartaide brasileiro – Modernismo, miscigenação e totemismo antinegro. Youtube, 30 out. 2021. Disponível em: <https://youtu.be/EFoRJIGuEIll>. Acesso em: 2 nov. 2021.

BANDEIRA, M. Antologia dos poetas brasileiros: fase moderna. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. v.I.

BANDEIRA, M. Libertinagem – Estrela da manhã. Edição crítica coordenada por Giulia Lanciani. São Paulo: Allca XX, 1998. Coleção Archivos, 33.

BANDEIRA, M. Crônicas da província do Brasil. Organização, posfácio e notas de Júlio Castañon Guimarães. São Paulo: Cosac & Naify, 2006.

BERND, Z. (Org.) Poesia negra brasileira: antologia. Prefácio de Domício Proença Filho. Porto Alegre: AGE; Igel, 1992.

BOAVENTURA, M. E. 22 por 22: A Semana de Arte Moderna vista pelos seus contemporâneos. 2.ed., revista e ampliada. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

BOPP, R. Putirum (poesia e coisas do folclore). Rio de Janeiro: Editora Leitura S/A, 1968.

CAVALCANTI, F. A. P. O avesso da ruína: invenção e reinvenção de Pasárgada na obra de Manuel Bandeira (1917-1954). Natal, 2016. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

COELHO, F. A semana sem fim: celebrações e memória da Semana de Arte Moderna de 1922. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2012. Coleção Modernismo 90+.

DUARTE, E. de A. (Org.) Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. v.1 – Precursores.

JARDIM, E. A brasilidade modernista: sua dimensão filosófica. Edição revista e atualizada. Apresentação de Eduardo Coelho. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Ponteio, 2016.

LEITE, R. P. Patrimônio cultural e dominação. Suplemento Pernambuco, Recife, 25 out. 2021. Disponível em: <http://www.suplementopernambuco.com.br/artigos/2777-patrimônio-cultural-e-dominação.html?fbclid=IwAR2rx5AwAcY63csDAhAuBc5ysG1kRJsSETMRQ2I-ttLpTDiJFGeUCUUVJhI>. Acesso em: 29 nov. 2021.

LIMA, J. de. Obra poética. Org. Otto Maria Carpeux. Rio de Janeiro: Editora Getulio Costa, s.d.

MARINETTI. Le futurisme. Le Figaro, Paris, p.1, 20 fev. 1909. Disponível em: <https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k2883730/f1.item.zoom>. Acesso em: 20 nov. 2021.

MENDES, M. Poesia completa e prosa. Org. e preparação do texto por Luciana Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

PINTO, E. P. A Gramatiquinha de Mário de Andrade: texto e contexto. São Paulo: Duas Cidades, 1990.

PRADO, P. Paulística etc. 4.ed., revisada e ampliada por Carlos Augusto Calil. São Paulo: Cia. das Letras, 2004.

SCHWARZ, R. Que horas são? São Paulo: Cia. das Letras, 1987.

SÜSSEKIND, F. Rodapés, tratados e ensaios: a formação da crítica brasileira. In: Papéis colados. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1993. p.13-33.

UZÊDA, A. L. M. de. O humilde patrimônio de Manuel Bandeira. Palimpsesto, Rio de Janeiro, v.17, n.27, p.258-78, 2018. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/palimpsesto/article/view/38385/26870>. Acesso em: 2 dez. 2021.

VASCONCELLOS, J. Supremo ergueu a barreira mais poderosa contra a tirania, diz historiadora. Correio Braziliense, 19 set. 2021. Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/09/4950308-supremo-ergueu-a-barreira-mais-poderosa-contra-a-tirania.html/>. Acesso em: 20 set. 2021.

Downloads

Publicado

2022-02-15

Como Citar

Coelho, E. (2022). A memória da poesia modernista. Estudos Avançados, 36(104), 53-72. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2022.36104.004