Confraternidades negras na América portuguesa do Setecentos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2019.3397.012

Palavras-chave:

Catolicismo negro, Irmandades, Antigo Regime, Regalismo, Resistência cultural

Resumo

A propagação da fé católica na América portuguesa, embora responsabilidade formal dos reis lusitanos e atributo dos quadros eclesiásticos, teve nas irmandades, confrarias e ordens terceiras os seus efetivos esteios e promotores. Espaços de vivência religiosa e de sociabilidade, essas agremiações leigas se disseminaram pelo território colonial. Ainda que inspiradas em suas congêneres da metrópole, guardavam consideráveis traços de originalidade, sobretudo aquelas organizadas e mantidas pela majoritária população negra, de origem africana. As irmandades de “homens de cor”, as mais numerosas, ao reinterpretarem o catolicismo, foram, assim, expressões de incorporação desses segmentos sociais ao mundo dos brancos e, em simultâneo, veículos de resistência cultural.

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Publicado

2019-12-10

Edição

Seção

Escravização do corpo e da alma

Como Citar

Boschi, C. C. (2019). Confraternidades negras na América portuguesa do Setecentos. Estudos Avançados, 33(97), 211-233. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2019.3397.012