Determinantes do spread bancário no Brasil e os efeitos do Acordo de Basileia III

Autores

  • Felipe De Oliviera Cavalcanti Banco do Brasil
  • Carlos E. Carrasco Gutierrez Universidade Católica de Brasília
  • Jéssica Filardi Milker Figueiredo Universidade Católica de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea173229

Palavras-chave:

spread, Basileia III, crédito, bancos

Resumo

Este artigo estuda os determinantes do spread bancário ex-post na economia brasileira, em particular evidências dos efeitos da implementação do acordo de Basileia III no spread. Baseados no modelo teórico de Ho & Saunders (1981), estimamos um modelo dinâmico para dados em painel para 73 bancos comerciais em operação no Brasil no período 2009:2-2016:2. Os resultados apontam evidências das novas exigências de capital de nível 1 e capital principal que afetam de forma positiva o spread bancário. Outras variáveis que foram identificadas como determinantes do spread são: despesas administrativas e operacionais, tributação, lucro líquido dos bancos, desemprego e taxa Selic.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Afanasieff, T. S., Lhancer, P. M. & Nakane, M. I. (2002). The determinants of bank interest spread in Brazil. Money Affairs, Mexico City, v. 15, p. 183–207.

Almarzoqi, R. & Naceur, M. S. B. (2015). Determinants of Bank Interest Margins in the Caucasus and Central Asia. Washington, DC: International Monetary Fund. Working paper. Disponível em: https://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2015/wp1587.pdf. Acesso em: 19 dez. 2020.

Almeida, F. D. & Divino, J. A. (2015). Determinants of the banking spread in the Brazilian economy: the role of micro and macroeconomic factors. International Review of Economics & Finance, Amsterdam, v. 40, p. 29–39.

Angbazo, L. (1997). Commercial bank net interest margins, default risk, interest-rate risk, and off-balance sheet banking. Journal of Banking & Finance, Amsterdam, v. 21, p. 55–87.

Angelini, P., Clerc, L., Cúrdia, V., Gambacorta, L., Gerali, A., Locarno, A., Motto, R., Roeger, W., Van Heuvel, S. & Vlcek, J. (2011). BASEL III: Longterm impact on economic performance and fluctuations. Basel: BIS. (Working Papers n. 338).

Arellano, M. & Bond, S. (1991). Some tests of specification for panel data: Monte Carlo evidence and an application to employment equations. The Review of Economic Studies, Oxford, v. 58, p. 277–297.

Arellano, M. & Bover, O. (1995). Another look at the instrumental variable estimation of error-components models. Journal of Econometrics, Amsterdam, v. 68, p. 29–51.

Aronovich, S. (1994). Uma nota sobre os efeitos da inflação e do nível de atividade sobre o spread bancário. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, p. 125–140.

Assaf Neto, A. (2004). A dimensão real do spread bancário. Federação Brasileira de Bancos. Resumo FIPECAFI, São Paulo. Disponível em: http://www.febraban. org. br/Artigos & Análises, Estudos, textos e ensaios. Acesso em 14 fev. 2017.

BCB - Banco Central do Brasil (2013). Resolução n. 4.192, de março de 2013.

Bichsel, R., Lambertini, L., Mukherjee, A. & Wunderli, D. C. (2019). The pass-through of bank capital requirements to corporate lending spreads. Rochester: SSRN. (SSRN 3395170). Disponível em: SSRN: https://ssrn.com/abstract=3395170. Acesso em: 19 dez. 2020.

Bignotto, F. G. & Rodrigues, E. A. S. (2005). Fatores de risco e o spread bancário no Brasil. Brasília: Banco Central do Brasil. (Working paper n. 110).

Blundell, R. & Bond, S. (1998). Initial conditions and moment restrictions in dynamic panel data models. Journal of Econometrics, Amsterdam, v. 87, p. 115–143.

Brock, P. L. & Suarez, L. (2000). Understanding the behavior of bank spreads in Latin America. Journal of Development Economics, Amsterdam, v. 63, p. 113–134.

Caggiano, G. & Calice, P. (2011). The Macroeconomic Impact of Higher Capital Ratios on African Economies. Abidjan: African Development Bank. (Working Papers Series n. 139).

Chun, S. E., Kim, H. & Ko, W. (2012). The impact of strengthened Basel III banking regulation on lending spreads: comparisons across countries and business models. Seoul: Bank of Korea. (Bank of Korea Working Paper n.15).

Dantas, J. A., Medeiros, O. R. & Capelleto, L. R. (2011). Determinantes do Spread Bancário Ex-Post noMercado Brasileiro. Brasília: Banco Central do Brasil. (Working paper n. 242).

Goldfajn, I. (2017). Painel - Projeto Spread Bancário. Brasília: Banco Central do Brasil. Disponível em: http://www.bcb.gov.br/pec/appron/apres/Apresentacao_Ilan_Goldfajn_Painel_Projeto_Spread

Guimarães, P. (2002). How does foreign entry affect the domestic banking market? The Brazilian case. Latin American Business Review, Rio de Janeiro, v. 3, p. 121–140.

Ho, T. S. & Saunders, A. (1981). The determinants of bank interest margins: theory and empirical evidence. Journal of Financial and Quantitative Analysis, Cambridge, v. 16, p. 581–600.

Koyama, S. M. & Nakane, M. I. (2002a). O spread bancário segundo fatores de persistência e conjuntura. Brasília: Banco Central do Brasil. (Notas técnicas do Banco Central do Brasil n. 18).

Koyama, S. M. & Nakane, M. I. (2002b). Os determinantes do spread bancário no Brasil. Brasília: Banco Central do Brasil. (Notas técnicas do Banco Central do Brasil n. 19).

Manhiça, F. A. & Jorge, C. T. (2012). O nível da taxa básica de juros e o spread bancário no Brasil: uma análise de dados em painel. Brasília: IPEA. (Texto de Discussão do IPEA n. 1710). Disponível em: www.ipea.gov.br. Acesso em: 17 fev 2017.

Maudos, J. & Guevara, J. F. (2004). Factors explaining the interest margin in the banking sectors of the European Union. Journal of Banking & Finance, Amsterdam, v. 28, p. 2259–2281.

Oreiro, J. L. C., Paula, L. F., Silva, G. J. C. & Ono, F. H. (2006). Determinantes macroeconômicos do spread bancário no Brasil: teoria e evidência recente. Revista de Economia Aplicada, Ribeirão Preto, v. 10, p. 609–634.

Pinheiro, F. A. P. & Savoia, J. R. F. (2014). Basileia III e seus impactos para os bancos no Brasil. In: XXXVIII Encontro da ANPAD. Rio de Janeiro: ANPAD. Disponível em: http://www.anpad.org.br/diversos/down_zips/73/2014_EnANPAD_FIN312.pdf. Acesso em: 22 dez. 2020.

Saunders, A. & Schumacher, L. (2000). The determinants of bank interest rate margins: an international study. Journal of International Money and Finance, Amsterdam, v. 19, p. 813–832.

Silva, T. G., Ribeiro, E. P. & Modenesi, A. M. (2016). Determinantes macroeconômicos e o papel das expectativas: uma análise do spread bancário no Brasil (2003-2011). Estudos Econômicos, São Paulo, v. 46, p. 643-673.

Valverde, S. C. & Fernández, F. R. (2007). The determinants of bank margins in European banking. Journal of Banking & Finance, Amsterdam, v. 31, p. 2043–2063.

Windmeijer, F. (2005). A finite sample correction for the variance of linear efficient two-step GMM estimators. Journal of Econometrics, Amsterdam, v. 126, p. 25–51.

Downloads

Publicado

2021-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Determinantes do spread bancário no Brasil e os efeitos do Acordo de Basileia III. (2021). Economia Aplicada, 25(2), 293-322. https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea173229