Os ensinos público e privado no Brasil e a incidência de sobre-educação no mercado de trabalho

Autores

  • Mauricio Cortez Reis Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

DOI:

https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea156324

Palavras-chave:

ensino público, ensino privado, sobre-educação

Resumo

A baixa qualidade da educação costuma ser apontada como um dos fatores responsáveis pela incidência de sobre-educação, pois trabalhadores com determinado nível educacional não estariam capacitados para exercer as atividades compatíveis com os anos de estudo que completaram. O objetivo desse artigo é investigar a relação entre a rede de ensino e a probabilidade de sobre-educação no Brasil, explorando as diferenças de qualidade entre instituições públicas e privadas. De acordo com os resultados, entre os indivíduos com ensino médio, os egressos de escolas públicas tem maior probabilidade de serem sobre-educados, enquanto para o ensino superior é verificado o contrário.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Mauricio Cortez Reis, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

    Doutorado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Brasil (2004). Professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Brasil.

Referências

Allen, J. & Van der Velden, R. (2001). Educational mismatches versus skill mismatches: effects on wages, job satisfaction, and on-the-job search. Oxford economic papers, Oxford University Press, v. 53, n. 3, p. 434–452.

Bauer, T. K. (2002). Educational mismatch and wages: a panel analysis. Economics of education review, Elsevier, v. 21, n. 3, p. 221–229.

Classificação Brasileira de Ocupações - CBO (2010). Ministério do Trabalho e do Emprego. 3. ed. Brasília.

Diaz, M. D. M. & M, L. (2008). Overeducation e undereducation no Brasil: incidência e retornos. Estudos Econômicos (São Paulo), SciELO Brasil, v. 38, n. 3, p. 431–460.

Groot,W. & Van Den Brink, H.M. (2000). Overeducation in the labor market: a meta-analysis. Economics of education review, Elsevier, v. 19, n. 2, p. 149–158.

Hartog, J. (2000). Over-education and earnings: where are we, where should we go? Economics of education review, Elsevier, v. 19, n. 2, p. 131–147.

Heckman, J. (1979). Sample selection error as a specification bias. Econometrica, v. 47, n. 1, p. 153–161.

INEP (2011). SAEB/Prova Brasil 2011 - primeiros resultados. INEP, Ministério da Educação.

Korpi, T. & Tåhlin, M. (2009). Educational mismatch, wages, and wage growth: Overeducation in Sweden, 1974–2000. Labour Economics, Elsevier, v. 16, n. 2, p. 183–193.

Leuven, E. & Oosterbeek, H. (2011). Handbook of the Economics of Education. In: Overeducation and mismatch in the labor market. 4. ed. Elsevier, p. 283–326.

Marioni, L. S. (2018). Overeducation in the labour market: Evidence from Brazil. Royal Economic Society Annual Conference, University of Sussex, Brighton, United Kingdom.

McGuinness, S. (2006). Overeducation in the labour market. Journal of economic surveys, Wiley Online Library, v. 20, n. 3, p. 387–418.

Mehta, A., Felipe, J., Quising, P. & Camingue, S. (2011). Overeducation in developing economies: How can we test for it, and what does it mean? Economics of Education Review, Elsevier, v. 30, n. 6, p. 1334–1347.

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE (2013). Assessing higher education learning outcomes in Brazil. Higher Education Management and Policy, v. 24, n. 2.

Pauli, R. C., Nakabashi, L. & Sampaio, A. V. (2012). Mudança estrutural e mercado de trabalho no Brasil. Brazilian Journal of Political Economy, SciELO Brasil, v. 32, n. 3, p. 459–478.

Quintini, G. (2011). Over-qualified or under-skilled: A review of existing literature. OECD Publishing (OECD social, employment and migration. Working papers no. 121).

Reis, M. C. (2017). Educational mismatch and labor earnings in Brazil. International Journal of Manpower, Emerald Publishing Limited, v. 38, n. 2, p. 180–197.

Robst, J. (1995). College quality and overeducation. Economics of Education Review, Elsevier, v. 14, n. 3, p. 221–228.

Sattinger,M. (1993). Assignmentmodels of the distribution of earnings. Journal of economic literature, JSTOR, v. 31, n. 2, p. 831–880.

Sicherman, N. (1991). "Overeducation"in the labor market. Journal of labor Economics, University of Chicago Press, v. 9, n. 2, p. 101–122.

Sloane, P. J. (2003). Much ado about nothing? What does the overeducation literature really tell us. Overeducation in Europe, Edward Elgar Northampton, MA, p. 11–45.

Spence, M. (1973). Job market signaling. Quarterly Journal of Economics, v. 87, n. 3, p. 355–374.

Terra, R., Zoghbi, A. C. & Felício, F. (2012). Produtividade relativa dos setores público e provado em educação: impactos sobre a escolha da escola pela família. Economia Aplicada, SciELO Brasil, v. 16, n. 4, p. 579–611.

Thurow, L. C. (1975). Generating inequality. 2. ed. Local: Basic books.

Tsai, Y. (2010). Returns to overeducation: A longitudinal analysis of the US labor market. Economics of Education Review, Elsevier, v. 29, n. 4, p. 606–617.

Van de Ven, W. & Van Pragg, B. (1981). The demand for deductibles in private health insurance: A probit model with sample selection. Journal of econometrics, North-Holland, v. 17, n. 2, p. 229–252.

Verhofstadt, E., De Witte, H. & Omey, E. (2007). Higher educated workers: better jobs but less satisfied? International Journal of Manpower, Emerald Group Publishing Limited, v. 28, p. 135-151.

Downloads

Publicado

2020-09-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Os ensinos público e privado no Brasil e a incidência de sobre-educação no mercado de trabalho. (2020). Economia Aplicada, 24(3), 367-392. https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea156324