Competição política e a resposta fiscal para municípios do Brasil

Autores

  • Caroline Reis Teixeira Fundação Getúlio Vargas. Escola de Economia de São Paulo.
  • Enlinson Mattos Fundação Getúlio Vargas. Escola de Economia de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea158362

Palavras-chave:

Gastos fiscais, Eleições municipais, Competição política

Resumo

Este artigo utiliza a metodologia de regressão em descontinuidade sharp para investigar se competição política afeta alocação dos gastos públicos entre municípios do Brasil. Os dados das eleições de 2004 a 2016 sugerem que o nível de competição política parece ter se alterado ao longo dos ciclos eleitorais, uma vez que encontramos a migração de votos para candidatos mais competitivos menos intensa do que o descrito na literatura (Fujiwara 2011, Chamon et al. 2017). Adicionalmente encontramos evidências de que municípios com eleições mais competitivas reduziram seus gastos administrativos (menos salientes) em anos de eleição.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Besley, T. & Case, A. (1992). Incumbent behavior: Vote seeking, tax setting and yardstick competition. National Bureau of Economic Research, Cambridge, v. 85, p. 25-45.

Besley, T., Persson, T. & Sturm, D. (1988). A Mathematical Proof of Duverger’s Law. Pasadena: alifornia Institute of Technology, Division of the Humanities and Social Sciences. (Working Paper n. 688).

Besley, T., Persson, T. & Sturm, D. (2005). Political competition and economic performance: theory and evidence from the United States. Cambridge: National Bureau of Economic Research. (Working Paper n. 11484).

Bordalo et al (2012). The Quarterly. Journal of Economics, Switzerland, v. 127, p. 1243–1285. Disponível em: https://academic.oup.com/qje/article-abstract/127/3/1243/1922202?redirectedFrom=fulltext.

Cavalcante, P. (2016). Desempenho fiscal e eleições no Brasil: uma análise comparada dos governos municipais. Revista de Administração Pública , Rio de Janeiro, v. 50, p. 307–330.

Chamon, M., Mello, J. M. P. & Firpo, S. (2017). Electoral rules, political competition and fiscal expenditures: regression discontinuity evidence from Brazilian municipalities. The Journal of Development Studies, Abingdon, v. 55, p. 19-38.

Chetty, R., Looney, A. & Kroft, K. (2009). Salience and taxation: theory and evidence. American Economic Review, Nashville, v. 99, p. 1145–77.

Cox, G. W. (1987). Electoral equilibrium under alternative voting institutions. American Journal of Political Science, Charlottesville, v. 31, p. 82–108.

Cox, G. W. (1994). Strategic voting equilibria under the single nontransferable vote. American Political Science Review, Cambridge, v. 88, p. 608–621.

Cox, G. W. (1997). Making Votes Count: Strategic Coordination in the World’s Electoral Systems. Cambridge: Cambridge University Press.

Duverger (1954). Stability and Coordination in Duverger’s Law: A Formal Model of Preelection Polls and Strategic Voting Mark Fey The American Political Science Review. American Political Science Review, Cambridge, v. 91, p. 135–147. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/2952264.

FINBRA (2019). Dados contábeis dos municípios de 1989 a 2012. Disponível em: https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/finbra-dados-contabeis-dos-municipios-1989-a-2012/2012/26. Acesso em: 09 nov. 2019.

Fujiwara, T. (2011). A regression discontinuity test of strategic voting and Duverger’s Law. Quarterly Journal of Political Science, Amsterdam, v. 6, p. 197–233.

IBGE (2010). População residente, por situação do domicílio e sexo, segundo os municípios das capitais que possuem apenas o distrito sede e subdistritos. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9662-censo-demografico-2010.html?=&t=resultados.Acessoem:02fev.2020.

Imbens, G. & Lemieux, T. (2008). Regression Discontinuity Designs: A Guide to Practice. Cambridge: National Bureau of Economic Research. (Working Paper n. 13039).

Kahneman, D. & Tversky, A. (1979). Prospect theory: an analysis of decision under risk. Econometrica, New Haven, v. 47, p. 263–292.

Ledyard, J. (1981). The Paradox of Voting and Candidate Competition: A General Equilibrium Analysis. Pasadena: California Institute of Technology, Division of the Humanities and Social Sciences.

Lee, D. S.,Moretti, E. & Butler, M. J. (2004). Do voters affect or elect policies? Evidence from the US House. The Quarterly Journal of Economics, Cambridge, v. 119, p. 807–859.

Meneguin, F. B. & Bugarin, M. S. (2001). Reeleição e política fiscal: um estudo dos efeitos da reeleição nos gastos públicos. Economia Aplicada, Ribeirão Preto, v. 5, p. 601–622.

Myatt, D. P. (2007). On the theory of strategic voting. The Review of Economic Studies, Oxford, v. 74, p. 255-281.

Myerson, R. B. &Weber, R. J. (1993). A theory of voting equilibria. American Political Science Review, Cambridge, v. 87, p. 102–114.

Nordhaus,W. D. (1975). The political business cycle. The Review of Economic Studies, Oxford, v. 42, p. 169–190.

Novaes, L. & Mattos, E. (2010). O efeito da intenção de reeleição sobre gastos em saúde: uma análise com base no modelo de reputação política. Brazilian Journal of Political Economy, São Paulo, v. 30, p. 140–158.

Peltzman, S. (1990). How efficient is the voting market? The Journal of Law and Economics, Chicago, v. 33, p. 27–63.

Pinto, C. & Mattos, E. (2011). Evidências empíricas das políticas de saneamento básico sobre indicadores de saúde para municípios brasileiros. 2011. Dissertação (Mestrado em Economia) - Escola de Economia de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo.

Rogoff, K. (1990). Equilibrium Political Budget Cycles. American Economic Review, Nashville, v. 80, p. 21–36.

Rogoff, K. & Sibert, A. (1988). Elections and macroeconomic policy cycles. The Review of Economic Studies, Oxford, v. 55, p. 1–16.

Sakurai, S. & Menezes Filho, N. (2018). Opportunistic and partisan election cycles in Brazil: new evidence at the municipal level. Public Choice, Switzerland, v. 148, p. 233–247.

Sakurai, S. N. (2009). Ciclos políticos nas funções orçamentárias dos municípios brasileiros: uma análise para o período 1990-2005 via dados em painel. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 39, p. 39–58.

Teixeira, C. L. R. (2018). Competição Política e Saliência nas Finanças Públicas do Brasil. 2018. Dissertação (Mestrado em Economia) - Escola de Economia de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo.

Thistlethwaite, D. L. & Campbell, D. T. (1960). Regression-discontinuity analysis: an alternative to the ex post facto experiment. Journal of Educational Psychology, Washington, v. 51, p. 309.

TSE (2016). Estatísticas eleitorais - Eleitores, Comparecimento e abstenção, Resultados por município. Brasília: Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em: https://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais.Acessoem:02fev.2020.

Videira, R. A. & Mattos, E. (2011). Ciclos políticos eleitorais e a interação espacial de políticas fiscais entre os municípios brasileiros. Economia Aplicada, Ribeirão Preto, v. 15, p. 259–286. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ecoa/article/view/1067.

Wright, S. G. & Riker, W. H. (1989). Plurality and runoff systems and numbers of candidates. Public Choice, Switzerland, v. 60, p. 155–175.

Downloads

Publicado

2021-11-23

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Competição política e a resposta fiscal para municípios do Brasil. (2021). Economia Aplicada, 25(4), 545-580. https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea158362