A ética protestante e o espírito do capitalismo: preferências quanto ao mercado de trabalho, empreendedorismo e a estrutura familiar no Brasil

Autores

  • Daniel de Abreu Pereira Uhr Universidade Federal de Pelotas
  • Sílvio da Rosa Paula Universidade Federal de Pelotas
  • Marcus Vinicius Bastos dos Santos Universidade Católica de Brasília
  • Luciane Machim Vieira Universidade Federal de Pelotas
  • Júlia Gallego Ziero Uhr Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea175247

Palavras-chave:

Ética protestante, Propensity Score Matching, Survey data

Resumo

O objetivo deste artigo é testar se a ética protestante apresenta efeito sobre o comportamento dos brasileiros em duas áreas: (i) mercado de trabalho e empreendedorismo, e (ii) estrutura familiar. Utilizaram-se os microdados do censo demográfico brasileiro de 2010. O censo apresenta um plano amostral complexo, então aplicaram-se três diferentes métodos de estimação com pareamento para amostras complexas. Os resultados mostraram que o tratamento do protestantismo apresentou efeito significativo sobre as variáveis de resultado no sentido proposto por Max Weber.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Adsera, A. (2006). Religion and changes in family-size norms in developed countries. Review of Religious Research, New York, v. 47, p. 271–286.

Arruñada, B. (2010). Protestants and Catholics: similar work ethic, different social ethic. Economic Journal, London, v. 120, p. 890–918.

Austin, P. C., Jembere, N. & Chiu, M. (2018). Propensity score matching and complex surveys. Statistical Methods in Medical Research, London, v. 27, p. 1240–1257.

Becker, G. S. & Tomes, N. (1976). Child endowments and the quantity and quality of children. Journal of Political Economy, Chicago, v. 84, p. S143–S162.

Becker, S. O. & Woessmann, L. (2009). Was Weber wrong? A human capital theory of Protestant economic history. Quarterly Journal of Economics, Cambridge, v. 124, p. 531–596.

Benjamin, D. J., Choi, J. J. & Fisher, G. (2016). Religious identity and economic behavior. Review of Economics and Statistics, Cambridge, v. 98, p. 617–637.

Bernardelli, L. V., Gomes, C. E. & Michellon, E. (2016). Religião e desenvolvimento econômico: uma análise para o Brasil à luz do catolicismo e protestantismo. Revista de Economia Mackenzie, São Paulo, v. 13, p. 164-186.

Bernardelli, L. V. & Michellon, E. (2018a). O impacto da religião no crescimento econômico: uma análise empírica para o Brasil em 1991, 2000 e 2010. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 48, p. 489–523.

Bernardelli, L. V. & Michellon, E. (2018b). A religião e o crescimento econômico: uma análise para o Paraná de 2000 e 2010. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, v. 39, p. 151–156.

Bernardelli, L. V., Santos, L. C., de Castro, G. H. L. & Michelon, E. (2019). A ética protestante e o espírito empreendedor: evidências empíricas do Brasil. Economia & Região, Londrina, v. 7, p. 127–148.

Blum, U. & Dudley, L. (2001). Religion and economic growth: was Weber right? Journal of Evolutionary Economics, Berlin, v. 11, p. 207–230.

Chadi, A. & Krapf, M. (2017). The protestant fiscal ethic: religious confession and euro skepticism in Germany. Economic Inquiry, New Jersey, v. 55, p. 1813–1832.

DuGoff, E. H., Schuler, M. & Stuart, E. A. (2014). Generalizing observational study results: applying propensity scoremethods to complex surveys. Health Services Research, New Jersey, v. 49, p. 284–303.

Guiso, L., Sapienza, P. & Zingales, L. (2003). People’s opium? Religion and economic attitudes. Journal ofMonetary Economics, Amsterdam, v. 50, p. 225–282.

Heaton, T. B. & Goodman, K. L. (1985). Religion and family formation. Review of Religious Research, New York, v. 26, p. 343–359.

Hillman, A. L. & Potrafke, N. (2018). Economic freedom and religion: an empirical investigation. Public Finance Review, Los Angeles, v. 46, p. 249–275.

Lehrer, E. L. & Chiswick, C. U. (1993). Religion as a determinant of marital stability. Demography, Durham, v. 30, p. 385–404.

McQuillan, K. (2004). When does religion influence fertility? Population and Development Review, Hoboken, v. 30, p. 25–56.

Nunziata, L. & Rocco, L. (2016). A tale of minorities: evidence on religious ethics and entrepreneurship. Journal of Economic Growth, Berlin, v. 21, p. 189–224.

Nunziata, L. & Rocco, L. (2018). The Protestant ethic and entrepreneurship: evidence from religious minorities in the former Holy Roman Empire. European Journal of Political Economy, Amsterdam, v. 51, p. 27–43.

Ridgeway, G., Kovalchik, S. A., Griffin, B. A. & Kabeto, M. U. (2015). Propensity score analysis with survey weighted data. Journal of Causal Inference, Berlin, v. 3, p. 237–249.

Rosenbaum, P. R. & Rubin, D. B. (1983). The central role of the propensity score in observational studies for causal effects. Biometrika, Oxford, v. 70, p. 41–55.

Schaltegger, C. A. & Torgler, B. (2009). Was Weber wrong? A human capital theory of protestant economic history: a comment on Becker andWoessmann. Zürich: Center for Research in Economics,Management and the Arts. (Working Paper n. 2009-06).

Tomes, N. (1984). The effects of religion and denomination on earnings and the returns to human capital. Journal of Human Resources, Madison, v. 19, p. 472–488.

Tomes, N. (1985). Religion and the earnings function. American Economic Review, Nashville, v. 75, p. 245–250.

Downloads

Publicado

2021-08-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A ética protestante e o espírito do capitalismo: preferências quanto ao mercado de trabalho, empreendedorismo e a estrutura familiar no Brasil. (2021). Economia Aplicada, 25(3), 395-420. https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea175247