O caráter monológico da racionalidade neoclássica

Autores

  • Eleutério F. S. Prado Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade - FEA Universidade de São Paulo - USP Autor

Palavras-chave:

racionalidade, teoria neoclássica, sistema econômico, mundo da vida

Resumo

Este artigo atenta para o caráter demonstrativo do conceito neoclássico de racionalidade, questionando a sua aparente trivialidade. Nele, examinam-se textos de Jevons, Walras, Marshall e Robbins, os quais são vistos como representativos da teoria neoclássica. A fim de chamar a atenção para as suas características salientes, compara-se esta noção com o conceito aristotélico de racionalidade. Enquanto o primeiro é visto como instrumental, apodítico e monológico, o último é visto como expressivo, prudente e dialógico. Enquanto que este último conceito  emerge na vida política e ética da cidade-estado, o outro emerge na vida sistêmica e individualista inerente aos mercados e às organizações. Deste ponto de vista, a ciência moderna e a filosofia antiga somente lhes deram forma no tempo devido, tornando-os visíveis e rigorosos. A fim de explicar estas ocorrências históricas, o artigo confia na teoria evolutiva da sociedade de Habermas.

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Publicado

01-12-1996

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Prado, E. F. S. (1996). O caráter monológico da racionalidade neoclássica. Estudos Econômicos (São Paulo), 26(4), 7-34. https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116802