Modelos de crescimento de inspiração keynesiana: uma apreciação

Autores

  • Jorge Thompson Araujo Banco Mundial Autor

Palavras-chave:

crecimento econômico, crescimento endógeno, teoria do capital, distribuição funcional da renda, Escola de Cambridge, fundamentos microeconômicos da macroeconomia

Resumo

Mesmo com o ressurgimento do interesse na condução de pesquisas teóricas e empíricas sobre crescimento econômico, as contribuições de natureza keynesiana a este tópico não têm recebido suficiente atenção. No presente artigo, procuramos preencher este hiato por meio de uma avaliação crítica de tais contribuições, especialmente as geradas pela chamada “Escola de Cambridge”. As principais características desta vertente são analisadas vis-à-vis aquelas da chamada Nova Teoria do Crescimento, proposta por Romer, Lucas, Barro e outros. Discutem-se, então, as principais falhas atribuídas aos modelos de crescimento de inspiração keynesiana, como a ausência de fundamentos microeconômicos, tratamento inadequado das expectativas e ênfase excessiva em aspectos da demanda agregada em detrimento do âmbito da oferta. Embora a validade de algumas dessas críticas seja devidamente reconhecida, este artigo sugere que a vertente keynesiana possui contribuições o suficiente para justificar uma maior atenção por parte de pesquisadores e policymakers, assim como uma maior integração de sua agenda de pesquisa com as vertentes não-keynesianas.

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Publicado

01-03-1998

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Araujo, J. T. (1998). Modelos de crescimento de inspiração keynesiana: uma apreciação. Estudos Econômicos (São Paulo), 28(1), 5-32. https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/116887