Plano de saúde por acumulação: viabilidade e fatores de impacto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-53575233glrc

Palavras-chave:

Plano de saúde, Acumulação, Premissas atuariais, Premissas assistenciais

Resumo

O modelo brasileiro de Saúde Suplementar, baseado na Repartição Simples, reflete dificuldade de permanência do indivíduo com o avanço da idade, que traz expressivo acréscimo na contraprestação dos planos e o eventual fim da relação empregatícia. Com o objetivo de avaliar um modelo alternativo na manutenção saudável dos planos de saúde, foi estudada a viabilidade de um produto baseado na acumulação de recursos ao longo da vida. Foram realizadas simulações variando premissas impactantes no valor necessário a contribuir em relação ao salário, sendo utilizados dados da ANS. Os resultados sugerem que um modelo de plano de saúde por acumulação pode ser viável, dependendo do cenário em que o indivíduo se encontra, apresentando-se mais acessível a indivíduos do sexo masculino, residentes na região sudeste, que iniciem suas contribuições ao plano cedo, aposentem-se mais tarde e se encontrem em uma economia que apresente taxas de juros altas e taxas de reajuste baixas.

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Biografia do Autor

  • Giovanna Rafael Leonetti, Universidade Federal de São Paulo.Escola Paulista de Política, Economia e Negócios

    Bacharel em Ciências Atuariais

  • Roberto Bomgiovani Cazzari, Universidade Federal de São Paulo.Escola Paulista de Política, Economia e Negócios

    Professor

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Publicado

28-09-2022

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Seção

Artigo

Como Citar

Leonetti, G. R., & Cazzari, R. B. (2022). Plano de saúde por acumulação: viabilidade e fatores de impacto. Estudos Econômicos (São Paulo), 52(3), 533-570. https://doi.org/10.1590/1980-53575233glrc